O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teria ficado dois dias dentro da embaixada da Hungria, no Brasil, após ter o passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF). De acordo com informações e imagens de câmeras de segurança obtidas pelo The New York Times, o ex-presidente chegou na embaixada no dia 12 de fevereiro e pareceu ficar no local até o dia 14.

Dois seguranças teriam acompanhado Bolsonaro, que foi recebido pelo embaixador húngaro e por membros da embaixada. Segundo o site americano, foram analisados três dias de imagens de quatro câmeras na Embaixada da Hungria.

“O Times verificou as imagens comparando-as com imagens da embaixada, incluindo imagens de satélite que mostravam o carro em que Bolsonaro chegou estacionado na garagem em 13 de fevereiro”, explica o jornal.

Um funcionário da embaixada confirmou ao Times o plano de receber Bolsonaro. A defesa do ex-presidente preferiu não falar sobre o assunto com o Times. Já a Embaixada da Hungria não retornou contato do jornal.

Veja vídeo:

Bolsonaro e ex-assessores foram alvos de operação da PF

A Polícia Federal deflagrou a operação Tempus Veritatis, que teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu núcleo de aliados. Segundo o SBT News, o ex-presidente precisou entregar o passaporte, para que fique impedido de sair do Brasil.

No total, a operação cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, sendo Marcelo Câmara e Filipe Martins, do círculo próximo de Jair Bolsonaro. Ainda conforme o SBT News, Filipe Martins foi assessor de Assuntos Internacionais da Presidência durante o governo do ex-presidente. Já o coronel Marcelo Câmara era ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

A Operação Tempus Veritatis busca investigar pessoas que tentaram dar o golpe de Estado no Brasil, abolir o Estado Democrático de Direito e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

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