Em encontro de Lula no STF, Dino diz que “confrontação entre os Poderes ficou para trás”
Ex-governador e senador eleito acompanhou Lula em encontro com ministros na Corte
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Senador eleito, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) disse nesta quarta-feira (9) que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a mensagem de que “o momento de confrontação entre os Poderes ficou para trás”. A declaração faz referência aos ataques promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus apoiadores à Suprema Corte.
Lula foi recebido pela presidente do STF, Rosa Weber, e por outros nove ministros na tarde desta 4ª, na sede do Tribunal, em Brasília. Segundo Dino, o encontro “mostra uma preocupação recíproca de restabelecimento da normalidade institucional no que se refere à relação entre o Executivo e o Supremo”.
“Nós consideramos que essa visita, além de ser uma cortesia protocolar, é um sinal histórico de que o momento de confrontação entre os Poderes ficou para trás e nós estamos restabelecendo o princípio constitucional da harmonia entre os Poderes”, afirmou o senador eleito. “O presidente Lula enfaticamente declarou esse desejo de normalidade, de paz entre os tribunais e os outros Poderes”, acrescentou.
Ainda de acordo com o ex-governador, na reunião, o presidente eleito “convidou o Tribunal a participar de debates importantes”, como a questão ambiental, o desarmamento e a segurança pública, e as novas formas de trabalho.
Questionado sobre o caminho para manter um auxílio social em R$ 600 — que pode passar por uma decisão do Supremo –, Dino ressaltou que o “caminho principal” do governo eleito é a aprovação de uma PEC: “O que foi abordado foi a visão que o presidente Lula externou que a via principal que ele está buscando neste momento, com o vice-presidente Alckmin é a votação da PEC no Congresso. Esse é o caminho principal”
Encontro
Lula foi recebido pela presidente do Supremo, Rosa Weber, e quase todos os ministros da Corte estavam presentes. A única ausência foi Luís Roberto Barroso, que está no Egito, onde participa da COP27.
O encontro durou cerca de 50 minutos. Lula estava acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), do deputado federal eleito Paulo Teixeira (PT-BA), do ex-ministro Aloizio Mercadante, dos advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin e do procurador da Fazenda Nacional Jorge Messias.
Em nota divulgada após o encontro, o STF informou que Lula afirmou que “atuará pela reconstrução do Brasil”. Ainda segundo a nota, os ministros “apontaram preocupações para o Brasil, como a necessidade de investimentos em educação e meio ambiente”.
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