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Integridade territorial

Dinamarca e Groenlândia exigem respeito à soberania após gesto de Trump

No último domingo (21) Trump nomeou Jeff Landry como enviado especial

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Dinamarca e Groenlândia exigem respeito à soberania após gesto de Trump | Foto: Canva | Reprodução
Dinamarca e Groenlândia exigem respeito à soberania após gesto de Trump | Foto: Canva | Reprodução

Os líderes da Dinamarca e da Groenlândia insistiram nesta segunda-feira (22), que os Estados Unidos não tomarão a Groenlândia e exigiram respeito pela integridade territorial após o presidente Donald Trump anunciar a nomeação de um enviado especial para o território semiautônomo.

O anúncio feito por Trump no domingo (21), indicando o governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial dos EUA, provocou um novo aumento das tensões sobre o interesse de Washington no vasto território da Dinamarca, um aliado da Otan.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, disse a emissoras dinamarquesas que convocaria o embaixador dos EUA.

Já dissemos isso antes. Agora, dizemos novamente. As fronteiras nacionais e a soberania dos estados estão enraizadas no direito internacional”, disseram a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen e primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, em declaração conjunta.

“São princípios fundamentais. Você não pode anexar outro país. Nem mesmo com o argumento sobre segurança internacional”, destaca o documento, acrescentando que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses e os EUA não devem tomar a Groenlândia […] Esperamos respeito pela nossa integridade territorial conjunta”, salienta.

Trump pediu repetidamente durante a transição presidencial e nos primeiros meses do segundo mandato pela jurisdição dos Estados Unidos sobre a Groenlândia, e não descartou o uso da força militar para tomar o controle da ilha ártica rica em minerais e estrategicamente localizada.

Groelândia e Dinamarca rejeitam interesse dos EUA

Em março, o vice-presidente, JD Vance visitou uma base militar remota dos Estados Unidos na Groenlândia e acusou a Dinamarca de subinvestir.

A questão gradualmente saiu das manchetes, mas em agosto, autoridades dinamarquesas convocaram o principal diplomata dos EUA a Copenhague após um relatório apontar que pelo menos três pessoas com conexões com Trump realizaram operações de influência encobertas na Groenlândia.

Trump visa anexar a Groelândia aos EUA

No último domingo (21), Trump anunciou a nomeação de Landry, dizendo nas redes sociais que “Jeff entende quão essencial a Groenlândia é para nossa Segurança Nacional, e avançará fortemente nos interesses do nosso país para a segurança, a proteção e a sobrevivência de nossos aliados, e, de fato, do mundo”.

Landry escreveu em uma postagem nas redes sociais que “é uma honra servi-lo nesta posição voluntária para tornar a Groenlândia parte dos EUA”.

Anouar El Anouni, porta-voz da Comissão Executiva da UE, disse a repórteres em Bruxelas, nesta segunda (22), que não cabia a ele comentar sobre as decisões dos EUA. Mas ele destacou que “preservar a integridade territorial do Reino da Dinamarca, sua soberania e a inviolabilidade de suas fronteiras é essencial para a União Europeia”.

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