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“Massacre público”, defesa de Mauricinho Soares alega injustiça e perseguição política

O vereador poderá ser afastado apenas após o término da investigação

• Atualizado

Sarah Falcão

Por Sarah Falcão

Foto: Divulgação/ Câmara de Vereadores de Joinville
Foto: Divulgação/ Câmara de Vereadores de Joinville

Em resposta às recentes acusações e à abertura de um processo pela Comissão da Câmara de Vereadores de Joinville, o advogado de defesa do vereador Mauricinho Soares (MDB) emitiu um comunicado esclarecendo a posição do seu cliente e denunciando uma suposta perseguição política.

No comunicado, a defesa destaca que o vereador se colocou à disposição das autoridades policiais e tem colaborado ativamente com a apuração dos fatos, solicitando as diligências necessárias para buscar a justiça.

Veja a nota na íntegra:

“A defesa do vereador o Sr. MAURICIO SOARES, que esta tendo seu nome vinculado aos canais de imprensa frente a sua prisão, e a abertura de um processo disciplinar pela comissão pela Câmara de Vereadores de Joinville, onde seu nome esta sendo vinculado a um ato criminoso, vem a público esclarecer que o Defendido não praticou os atos a ele imputados afirmando sua absoluta inocência.

Afirmo que o Sr. MAURICIO SOARES, por sua defesa, que desde o ocorrido se colocou imediatamente à disposição das autoridades policiais, e tem colaborado com a apuração da verdade, solicitando as diligências necessárias a elucidação dos fatos e consequente busca pela justiça.

A defesa do Sr. MAURICIO SOARES esclarece que seu cliente, não cometeu os crimes a ele imputados, e está sendo alvo de perseguição politica, sem que já se tenha sequer sido insaturado o devido processo legal, onde então exercerá seu amplo direito de defesa, seja na esfera processual penal, quanto na esfera
administrativa junto a Câmara de Vereadores de Joinville.

E ainda de esclarecer é tornar pública a imensa tristeza de seu cliente e de seus familiares, ao verem sua imagem concluídas as investigações para o esclarecimento das caluniosas acusações que lhe foram imputadas, contrariando a ordem constitucional que garante a todos a presunção de inocência até qualquer prova em contrário, ressaltando, que qualquer exceção a essa regra além de covarde, é um
massacre público e um desserviço à sociedade.”

Operação Profusão

A investigação visa apurar a suposta prática dos crimes contra a administração pública, como peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal. 

A operação iniciou no dia 30 de novembro, após dois vereadores de Joinville serem alvos de mandados cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As ações foram feitas nos gabinetes dos parlamentares.

Comissão processante aprovada

Em decisão unânime, os vereadores de Joinville aprovaram nesta segunda-feira (11) a Comissão Processante para investigar a possível quebra de decoro parlamentar do vereador Mauricinho Soares (MDB). 

O parlamentar encontra-se, no momento, preso preventivamente devido às investigações da Operação Profusão, conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR).

A Comissão Processante será presidida por Cassiano Ucker (União Brasil) e terá Cleiton Profeta (PL) como relator. Kiko do Restaurante (PSD) completa o colegiado, formado por sorteio conforme determina o Regimento Interno. Este grupo terá a responsabilidade de avaliar as acusações e decidir pela cassação do mandato do vereador.

Segundo a Câmara de Vereadores de Joinville, o colegiado terá até 90 dias corridos para tomar uma decisão, a qual será submetida ao Plenário posteriormente. A primeira reunião ocorreu nesta terça-feira (12), às 16h30.

A abertura da Comissão Processante recebeu aprovação unânime, com 16 votos favoráveis. Os vereadores Diego Machado (PSDB) e Érico Vinicius (Novo) não participaram da votação. Diego por ser o proponente e Érico por presidir a sessão no processo de votação.

Foto: Divulgação/ Câmara de Vereadores de Joinville

De acordo com o Decreto-lei nº 201 de 1967, que trata das responsabilidades de prefeitos e vereadores, o afastamento prévio do parlamentar não é permitido. A lei autoriza o afastamento apenas após o término da investigação. Ou seja, a cadeira de Mauricinho Soares não será ocupada por suplente durante as atividades da comissão.

Sarah Falcão com supervisão de Izabela Piazza.

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