CPI das Pirâmides Financeiras: deputado pede convocação de Jair Renan Bolsonaro
Na semana passada, filho 04 do ex-presidente foi alvo de operação em Santa Catarina
• Atualizado
O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) protocolou, nesta segunda-feira (28), um requerimento para que o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, seja convocado — na condição de testemunha — para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras.
Na justificativa do requerimento, o parlamentar diz que “em 17 de novembro de 2022, Jair Renan publicou em suas redes sociais vídeo em que fez propaganda do Myla, uma criptomoeda que, em suas palavras, se constituiria como ‘uma ótima oportunidade para mudar de vida'”. “Cumpre destacar que tal criptomoeda estava atrelada a um ‘metaverso de direita’ e a um jogo de combate entre mocinhos e o um time de vilões vermelhos liderados pelo Ministro Alexandre de Moraes”, complementa.
Ainda de acordo com o deputado, “estima-se que, em apenas 24 horas, Jair Renan conseguiu captar 266 mil reais em investimentos na Myla. Ocorre que, cerca de um mês depois, após o fracasso da empreitada e do desmoronamento do valor da referida criptomoeda, Maciel Carvalho, advogado dele, anunciou o ‘desligamento’ de seu cliente da Myla Metaverse, deixando de ocupar os postos de sócio e de ’embaixador’ do negócio”.
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Glauber Braga prossegue dizendo que não foi publicada qualquer informação concreta sobre os motivos do “fracasso do projeto, da saída repentina de Jair Renan Bolsonaro dos quadros da empresa, tampouco acerca do ressarcimento dos prejuízos causados a um número incerto de investidores”.
Entretanto, ressalta, na última quinta-feira (24), “Jair Renan Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal que, em inquérito policial, indicou a ‘existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, testa de ferro ou laranja, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas fantasmas, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”.
O deputado afirma que, conforme as investigações, o filho 04 de Bolsonaro “seria um dos ‘comparsas’ da referida atividade criminosa, motivo pelo qual o Poder Judiciário, após provação da polícia, autorizou a busca e apreensão nos endereços do investigado, Em Balneário Camboriú/SC e Brasília/DF”. Ele conclui pontuando que, dessa forma, é “fundamental” a Câmara tomar todas as iniciativas cabíveis para esclarecer o caso, sendo urgente que Jair Renan seja convocado e preste depoimento, como testemunha, ao plenário da CPI.
A comissão ainda vai deliberar sobre o requerimento. Na última quinta-feira, na operação da Polícia Civil, Jair Renan teve um celular e um HD apreendidos, de acordo com sua defesa.
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