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Sanções

Conselho de ética vota pela cassação do mandato do vereador de Florianópolis Maikon Costa

Agora, com a denúncia acolhida, o caso é encaminhado ao Plenário da Câmara para votação

• Atualizado

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

Imagem: divulgação/internet
Imagem: divulgação/internet

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Florianópolis votou, nesta segunda-feira (26), pela cassação do mandato do vereador Maikon Costa (PL). O conselho, formado pelos vereadores Maryanne Mattos (PL), Gabrielzinho (Podemos) e Manu Vieira (Novo) e pelo relator Diácono Ricardo (PSD), analisou o caso e teve três votos favoráveis e uma abstenção pela cassação do parlamentar.

Agora, com a denúncia acolhida, o caso é encaminhado ao Plenário da Câmara para votação final. Há 22 vereadores em Florianópolis, sendo que Maikon Costa não pode votar. É preciso 16 votos para que a cassação do parlamentar seja aprovada.

Votação no Conselho de Ética

Entre os votantes, Manu Vieira optou por se abster e afirmou que prefere pensar melhor e decidir em plenário.

“Eu particularmente não gosto da comissão decidindo por uma perda de mandato. Acho grave. Entendo que o comportamento do vereador denunciado, em diversos momentos, precisa sofrer correções. Não é uma câmara que pode se prestar a fechar os olhos e se omitir em relação ao trato entre parlamentares”, frisou a parlamentar.

O que diz Maikon Costa

Maikon Costa não compareceu à sessão, por ter sofrido um assalto em São Paulo, e estava representado por um advogado. O parlamentar deve voltar à Florianópolis nesta terça-feira (26) para participar da sessão no plenário.

Ao SCC10, ele também informou que recebeu o parecer da Comissão de Ética sem surpresas, mas que “sendo cassado ou não, a minha missão foi cumprida”.

Votação do plenário sobre Maikon Costa

A Câmara de Vereadores informou ao SCC10 que nesses casos é preciso que a votação seja feita na sessão subsequente à votação do conselho de ética, logo, deve ocorrer entre esta terça (27) ou quarta-feira (28).

Relembre o caso

Os vereadores do PL (Partido Liberal) Sargento Mattos e Maikon Costa se desentenderam e, segundo informações repassadas ao SCC10, precisaram ser contidos por funcionários, que acabaram com a confusão. O caso ocorreu em outubro de 2023 na Câmara de Vereadores de Florianópolis.

Segundo informações do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil, o vereador Maikon Costa estaria agressivo e teria tentado agredir o Sargento. Ainda segundo o B.O., Costa teria invadido a sala em que Mattos estava, se recusando a sair.

A reportagem do SCC10 entrou em contato com Costa, que confirmou que houve um desentendimento entre os dois na sala da Presidência da Câmara:

“A situação ocorreu na sexta-feira (22), na sala de reuniões da presidência, onde eu estava reunido com um assessor da presidência. Esse é um local de acesso público a todos os cidadãos. No entanto, Mattos chegou de forma ameaçadora e constrangedora, emitindo ordens ilegais para que eu deixasse o recinto, chegando a me ameaçar com frases como “eu te pego na porrada”, “vou chamar a polícia” e “vou te prender””, disse por meio de nota.

Desentendimento entre vereadores do PL

O sargento Mário Cosme Mattos da Polícia Militar, mais conhecido como Sargento Mattos, está como vereador na Câmara de Vereadores da cidade, enquanto Maikon Costa está de licença por motivos pessoais. Durante o período, de 1º de setembro até o final do mês, o sargento atua na sala do licenciado e conta com o apoio do corpo de funcionários já contratado por Costa.

Uma fonte informou ao SCC10 que os dois políticos do mesmo partido têm passado por problemas de relacionamento desde que o sargento assumiu. Isso seria devido a um outro desentendimento que Maikon Costa teria com a vereadora Maryanne Mattos, também do PL.

De acordo com a fonte, o sargento assumiu o cargo e, desde então, tem se aproximado de Maryanne, o que estaria desagradando o colega de partido. Ao saber disso, Maikon teria proibido que seus assessores prestassem serviços ao suplente.

Sobre o desentendimento, Maikon Costa, por nota ao SCC10, afirmou que a posse de Mattos não teria ocorrido sem o consentimento dele, além de ser um gesto importante que permitiu a aposentadoria antecipada da Polícia Militar. Ainda, que a mudança no foco do trabalho demonstra que não são impostas restrições à titularidade e ainda que há uma ingratidão por parte do colega vereador.

Por fim, disse que os desentendimentos com Mattos tiveram início quando ele começou a ser influenciado por outras lideranças políticas, partidárias e até mesmo militares.

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