“Comunista” e “aliado de facções”, Dino enfrenta discurso da oposição
Dino visitou diversos gabinetes do Senado nas últimas semanas em busca de apoio
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As chances de o Senado barrar a indicação de Flávio Dino para ministro do Supremo Tribunal Federal, em sabatina marcada para quarta-feira (13), são mínimas. Nem por isso, parlamentares da oposição e aliados de Jair Bolsonaro (PL) vão perder a oportunidade de atacar o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, mirando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.
Associar o PT e Dino às facções PCC e CV
Classificar Dino de “comunista”, de “autoritário”, de perseguidor da Lava Jato, citado na lista da Odebrecht com o codinome “Cuba”, de ter sido um ministro da Justiça e um governador do Maranhão ruim, de responsável pela “destruição de provas” do 8 de janeiro e de ser um magistrado ativista-político são algumas das acusações que o futuro ministro do STF deve enfrentar, em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O relator do tema na CCJ, senador Weverton Rocha (PDT-MA), deu parecer favorável pela confirmação do novo ministro do STF. Ex-governador do Maranhão, ex-juiz, ex-PCdoB, senador e atual ministro da Justiça, Dino foi escolhido pelo presidente Lula para a vaga da ministra Rosa Weber.
Dino visitou diversos gabinetes do Senado nas últimas semanas, em busca de apoio. Após passar pela CCJ, a indicação ainda vai para o plenário. São necessários pelo menos 41 votos. A base de Lula trabalha com margem de folga e não considera a possibilidade de uma reprovação.
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Mesmo que não tenha força para reverter a indicação de Dino, a oposição vai ao ataque e deve explorar o material em suas redes sociais. Aliados de Bolsonaro e o PL estão em pré-campanha, de olho em 2024. Nas duas últimas semanas, a artilharia de acusações contra o indicado por Lula abasteceu as redes da direita.
Um dos principais pontos atacados por senadores será o suposto e não comprovado elo do PT com facções criminosas. Um episódio citado será a visita de Dino em março de 2022 em uma favela dominada pelo Comando Vermelho, sem qualquer confronto.
No mesmo tema, vão abordar a ação no STF movida por entidades ligadas aos presos, em que o partido figurou como parte, defendendo a reversão de regras mais rigorosas nos presídios federais aos líderes dessas organizações criminosas.
Não há provas de elos efetivos, mas a pauta é tema das campanhas de Bolsonaro e aliados.
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