Bolsonaro tem obstrução intestinal e será levado para São Paulo
Em nota divulgada às 15h38, o Planalto informou que o médico constatou uma obstrução intestinal no presidente
• Atualizado
Internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, desde a madrugada desta quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será levado para São Paulo para avaliar a necessidade de uma cirurgia de emergência.
Em nota divulgada às 15h38, o Planalto informou que o médico Dr. Macedo, que realizou as cirurgias em Bolsonaro após o ataque a faca em 2018, constatou uma obstrução intestinal no presidente.
Na tarde desta quarta-feira (14), Bolsonaro publicou um texto em suas redes sociais para agradecer e pedir orações.
Bolsonaro cancela reunião com 3 Poderes e dá entrada no hospital
O presidente Jair Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas em Brasília na madrugada desta quarta-feira (14). Por orientação médica, o presidente faz exames para investigar a causa de soluços e ficará em observação por até 48 horas, “não necessariamente no hospital”. A assessoria do Palácio do Planalto também informa que o presidente está “animado e passa bem”.
Nos últimos dez dias, o presidente vem apresentando soluços e já manifestou desconforto publicamente a apoiadores, chegando a dizer que eram efeitos de medicamentos usados após um implante dentário.
Quando esteve no Rio Grande do Sul, na semana passada, Bolsonaro precisou cancelar um jantar com empresários locais, após se sentir mal. O presidente também tem evitado discursos, com o argumento de que o uso da voz pode piorar os soluços.
Diante do quadro, a equipe médica decidiu fazer exames e verificar sintomas de dores abdominais e refluxo, retorno do ácido estomacal para a região da traqueia.
A agenda presidencial desta 4ª feira foi cancelada. Em nota o Palácio do Planalto informou o cancelamento da reunião desta manhã com os presidentes dos outros Poderes — Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Judiciário; e Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Senado, pelo Legislativo.
O encontro estava marcado para as 11h. O objetivo é discutir a relação entre os Poderes.
A reunião seria realizada depois de uma subida de tom por parte do chefe do Executivo. Na última semana, Bolsonaro fez reiteradas críticas ao sistema eleitoral brasileiro — inclusive com acusações e ofensas diretas contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso — e lançou dúvidas sobre a realização das eleições em 2022. As falas provocaram reações dos chefes dos outros Poderes.
Na 2ª feira, o presidente se reuniu com o ministro Luiz Fux, a pedido do presidente do STF. Após o encontro, Bolsonaro disse que os dois estavam “perfeitamente alinhados e respeitosos com a Constituição”. “Nós, do poder Executivo, não pretendemos sair desses limites”, afirmou, na ocasião.
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