Bolsonaro, mesmo inelegível, diz que será candidato 

A falta de comunicação direta entre o presidente nacional do (PL), Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devido a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), não os impediu de protagonizar um diálogo comum por meio da imprensa nacional.

Nesta semana, Valdemar disse que o seu partido buscaria um plano B, em caso da inelegibilidade de Bolsonaro, e que o primeiro da fila seria o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No dia seguinte, Bolsonaro rebateu a fala afirmando que ele é o plano do PL para 2026 e que deve buscar a reversão da inelegibilidade que considera perseguição política.

Após a declaração do ex-chefe do Executivo, Valdemar voltou atrás e publicou um vídeo afirmando que Bolsonaro (PL) será sim candidato a presidente em 2026 embora esteja inelegível e que ele “representa a direita no mundo”. 

Efeito Marçal

O debate público entre Valdemar e Bolsonaro acontece no momento em que a direita brasileira encontrou em Pablo Marçal (PRTB) a sinalização de que o “mito” bolsonarista não é o único capaz de despertar e mobilizar sua base.

Embora possa vir a ficar inelegível devido aos processos resultantes de sua participação na eleição municipal de São Paulo, com direito a agressões e crimes por disseminação de documentos falsos, o outsider acendeu o alerta: há outras ondas que o eleitorado radical está disposto a surfar.

O ex-coach soube dialogar com uma sociedade carente de uma alternativa que representasse seus sonhos de oportunidades, muito além de uma luta de classes sociais.

O efeito Marçal fortalece os movimentos políticos de centro, com a direita dividida e sem a certeza de ter seu principal líder na urna em 2026.

As declarações de Valdemar e Bolsonaro são reflexo disso, um desajuste que Bolsonaro quis corrigir. Ele afirma que será candidato, falta combinar com a justiça. 

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