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Energia

Bolsonaro defende fim do horário de verão e diz que medida não traz ganho

Associações do setor de turismo enviaram pedido ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro de Minas e Energia pelo retorno do horário de verão

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, durante encontro com apoiadores nesta terça-feira, 6, o uso do horário de verão e afirmou que a medida não traz nenhum ganho financeiro. Segundo o presidente, na volta ao Palácio da Alvorada, a maioria é contra o horário de verão porque “mexe no horário biológico”.

A volta do horário de verão é defendida como uma alternativa para amenizar o risco de apagões e abrandar a pressão sobre a produção de energia durante os próximos meses, de estiagem.

Na semana passada, associações do setor de turismo – que reúne hotéis, restaurantes e bares – enviaram pedido ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo retorno da antecipação dos relógios. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a mudança poderia favorecer o setor produtivo do País e ajudar na retomada econômica.

Brasil não terá horário de verão pelo segundo ano consecutivo

Pelo segundo ano seguido o Brasil não terá horário de verão, instrumento usado de 2008 a 2018 com o objetivo de economizar o consumo de energia em 10 estados que registram maior luminosidade entre outubro e fevereiro.

Por decreto em abril do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro encerrou o horário de verão após estudo do Ministério de Minas e Energia (MME) apontar que com o fim da mudança temporária o consumidor teria uma economia de R$ 100 milhões.

“Nos últimos anos, com as mudanças no hábito de consumo da população e a intensificação do uso do ar condicionado, o período de maior consumo diário de energia elétrica foi deslocado para o período da tarde, quando o horário de verão não tinha influência. Como a luz traz consigo o calor, o horário de verão também passou a produzir um efeito de aumento de consumo em determinados horários, que já superavam seus benefícios”, explicou o MME em nota na época.

A redução da economia do horário de verão começou a ser percebida e questionada em 2017, quando foi registrada uma queda de consumo da ordem de 2.185 megawatts, equivalente a cerca de R$ 145 milhões. Em 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, caindo para R$ 159,5 milhões em 2016, uma queda de 60%.


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