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"Punhal Verde Amarelo"

Bolsonaro concordou com plano que previa assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, diz PGR

O planejamento previa o uso de substâncias químicas para causar um "colapso orgânico"

• Atualizado

Redação

Por Redação

 Foto: Carolina Antunes/ Gov.br
Foto: Carolina Antunes/ Gov.br

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou na denúncia apresentada nesta terça-feira (18) que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi informado e concordou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, na reta final de 2022.

“O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, afirmou Gonet.

No documento apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet apontou que as investigações “revelaram aterradora operação de execução do golpe, em que se admitia até mesmo a morte do Presidente da República e do Vice-Presidente da República eleitos, bem como a de Ministro do Supremo Tribunal Federal”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) fez menção às provas reunidas pela Polícia Federal (PF), mas não detalhou quais delas indicam diretamente o envolvimento e consentimento de Bolsonaro na tentativa de assassinato de seus adversários políticos.

A PF identificou o plano “Punhal Verde Amarelo” em novembro do ano passado, durante a Operação Contragolpe. O documento foi apreendido com o general reformado do Exército Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência do governo Bolsonaro. O planejamento previa o uso de substâncias químicas para causar um “colapso orgânico”, considerando a vulnerabilidade de saúde e as idas frequentes de Lula a hospitais.

Segundo Gonet, Bolsonaro e demais membros da organização criminosa “estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo'”.

A equipe da PGR que formulou a denúncia também mencionou outros planos que se somaram ao “Punhal Verde Amarelo” para desestabilizar as instituições e manter Bolsonaro no poder. Na avaliação da instituição, os diversos esquemas culminaram na “Operação Copa 2022”, que buscava criar comoção nacional por meio da morte de Lula, Alckmin e Moraes, com o objetivo de arrastar o Alto Comando do Exército para a tentativa de golpe.

*Com informações de Estadão

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