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Ato de Jair Bolsonaro e apoiadores no Rio de Janeiro reúne multidão

O ato de Jair Bolsonaro na praia de Copacabana reúne políticos e apoiadores

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Eduardo Bolsonaro / XTwitter
Foto: Eduardo Bolsonaro / XTwitter

O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, neste domingo, 21, reúne apoiadores e políticos aliados na praia de Copacabana. A manifestação tenta repetir o protesto convocado pelo próprio Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro.

Acompanhe o ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do Estado Democrático de Direito

IMAGENS: Jeff Winner

A manifestação desde domingo foi aberta pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele disse que é no Rio onde o partido é mais forte e anunciou os principais nomes da sigla no Estado. O senador Romário (PL-RJ) foi vaiado.

“Quero cumprimentar todos meus parceiros aqui porque o PL mais forte do Brasil é aqui do Rio de Janeiro” disse. “Temos Bolsonaro, que vota no Rio de Janeiro, Michelle Bolsonaro, Cláudio Castro, Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Romário, grande jogador”, disse Valdemar, para então ouvir vaias do público.

O pastor evangélico Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, afirmou que seu foco é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Meu negócio não é STF, meu negócio é Alexandre de Moraes”, disse ao Estadão. “Vamos mostrar através de fatos o que está acontecendo nesse País.” O pastor deu a declaração ao chegar ao hotel que fica próximo ao local da manifestação e onde Bolsonaro passou a noite.

Malafaia não esconde que o movimento deste domingo pretende capitalizar a discussão criada por Musk, que acusa Moraes de promover censura nas redes sociais. Em 2022, o bilionário comprou o Twitter (agora X) por US$ 44 bilhões. De lá para cá, a plataforma não só mudou de nome, como também alterou os seus termos de uso, dificultando o trabalho da Justiça brasileira.

Para Musk e aliados de Bolsonaro, as decisões de Moraes no âmbito do inquérito das milícias digitais têm atropelando os princípios do devido processo legal, restringindo a liberdade de expressão por meio da remoção de perfis em redes sociais. Para especialista ouvido pelo Estadão, o ministro do Supremo atravessou o limite em nome da democracia e por achar que redes são risco.

Segundo os organizadores está prevista a presença de 60 parlamentares e pelo menos três governadores, incluindo o chefe do Executivo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Michelle pede voto em ‘gente de bem’ no Rio e evita investigações porque ‘falou demais em SP’

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez um apelo pelo voto nas eleições municipais do Rio de Janeiro e disse que os cariocas precisam “de uma política nova”, de “gente de bem”. O pronunciamento aconteceu durante o ato em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo, 21, em Copacabana.

“É ano decisivo para o Rio de Janeiro, que vocês possam escolher bem os seus candidatos. Porque nós precisamos de uma política nova. Precisamos de gente de bem, que não vai aprisionar o seu povo”, disse Michelle.

“Precisamos de gente que tenha projeto de prosperidade para o Rio de Janeiro e não projeto de poder”, afirmou a ex-primeira-dama. “O Rio pertence ao senhor Jesus.”

Michelle optou por um discurso menos inflamado, na comparação com o tom que usou no ato de fevereiro na Avenida Paulista. “Sei que eu falei demais em São Paulo, pastor Silas”, admitiu Michelle.

Na Paulista, ela reclamou de “ataques e injustiças” sofridos por ela e sua família e afirmou que “fomos negligentes ao não misturar religião e política porque “o mal tomou o espaço”.

Michelle também fez críticas ao feminismo. “Mulheres sábias edificam uma nação. E essa mensagem que queremos passar para vocês. Mulheres femininas, mulher fazendo uma política feminina e não feminista”, afirmou.

Ato em Copacabana começa com discurso de Valdemar, vaia a Romário e ‘pancadão da liberdade’

O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 21, foi aberto pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele disse que é no Rio onde o partido é mais forte e anunciou os principais nomes da sigla no Estado. O senador Romário (PL-RJ) foi vaiado.

“Quero cumprimentar todos meus parceiros aqui porque o PL mais forte do Brasil é aqui do Rio de Janeiro” disse. “Temos Bolsonaro, que vota no Rio de Janeiro, Michelle Bolsonaro, Cláudio Castro, Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Romário, grande jogador”, disse Valdemar, para então ouvir vaias do público.

O pronunciamento do presidente nacional do PL foi breve, com elogios ao público. Ele deu destaque para o vereador do Rio e filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro, chamado de “fenômeno”. “Vocês e Bolsonaro fizeram do PL o maior partido do Brasil. Agradeço a todos vocês. Deus, pátria, família e liberdade”, concluiu.

Valdemar foi anunciado pelo locutor responsável por animar o público na Praia de Copacabana. Enquanto se preparava para falar, o público presente ouviu Pancadão da Liberdade, paródia da música Baile de Favela, do funkeiro MC João.

Assim como ocorreu em ato do PL em março, Valdemar e Bolsonaro se revezaram no palco para cumprir ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que proíbe os dois de manterem contato.

Depois do discurso, Valdemar afirmou que a proibição atrapalha o funcionamento do partido. “Não posso ficar com Bolsonaro no palanque. Mas isso vai passar. Vamos conseguir reverter essa situação em breve. Não tenho problema nenhum com o Judiciário, então eles vão ter que me liberar. Isso atrapalha o andamento do partido em ano de eleição”, disse.

O líder partidário também destacou que manifestações como a de hoje deverão ser realizadas em outras cidades. Como mostrou o Estadão, a ideia é que a ofensiva continue até às vésperas das eleições municipais, marcadas para outubro.

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