Associação de procuradores vai recorrer de decisão de Toffoli que livrou Lula
ANPR discorda de anulação de provas em acordos da Odebrecht e defende que negociações foram válidas
• Atualizado
A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) vai recorrer da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht, utilizadas na operação Lava Jato.
Em nota, divulgada pela associação na 4ª feira (6), procuradores questionam pontos defendidos por Toffoli, e argumentam que a discussão a respeito da Lava Jato deve ser pautada por uma análise técnica e objetiva “que preserva as instituições e não se renda ao ambiente de polarização e de retórica que impede a compreensão da realidade”.
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A associação também diz que questões indicadas por Toffoli já haviam sido apontadas pelo minitro Ricardo Lewandowski ao Ministério Público Federal e ao Conselho Nacional do Ministério Público. E defende que os acordos firmados no âmbito da operação foram válidos.
“É necessário respeitar-se o trabalho de dezenas de membros do Ministério Público Federal que atuaram no acordo de leniência firmado com a empresa Odebrecht, magistrados de diversas instâncias, policiais federais, agentes públicos da CGU e Receita Federal, dentre outros que agiram no estrito exercício de suas atribuições funcionais, com resultados financeiros concretos, revertidos aos cofres públicos”, diz trecho de nota divulgad apela ANPR.
O comunicado veio após Toffoli considerar que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um “dos maiores erros judiciários da história do país”. O magistrado ainda disse que houve armação e tortura psicológica. E anulou provas utilizadas na operação.
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