Assessor diz que Bolsonaro ficou 14 meses sem saber das joias
Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal
• Atualizado
Após o o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestar depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (26), em Brasília, sobre os incentivos aos atos golpistas do 8 de janeiro, os advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten, que é ex-secretário de Comunicação, falaram à imprensa sobre o caso das joias.
Tesser afirmou que os kits de joias (um masculino e um feminino) foram recebidos pela comitiva que estava em missão na Arábia Saudita em 2021 como pacotes fechados, portanto, segundo o advogado, ninguém sabia o conteúdo.
Ainda, Tesser disse que o kit feminino veio na mochila do então chefe do escritório de representação do Ministério de Minas e Energia (MME) no Rio de Janeiro, o Marcos André Soeiro, apreendido pela Receita Federal. Já o masculino e outros presentes, como café e perfumes, estavam na mala de mão do ex-ministro do MME Bento Albuquerque, não sendo apreendidos, portanto, ficando no Ministério de Minas e Energia.
Por isso, de acordo com o advogado, o contato entre Ministério e Receita para averiguar o trâmite de liberação do kit, o MME “se quedou inerte”. Então, depois de 14 meses os presentes estavam caracterizados por “inação e perdimento”. Assim, o governo foi notificado pela segunda vez, visto que o kit estava identificado pela Receita como “abandono de carga”, um ato de infração. Bolsonaro, então, demanda ao ajudante Mauro Cid para saber com a Receita como seria o trâmite de liberação do presente.
Caso não fosse recuperado, o kit seria reavaliado como bem público, disse Tasser. Portanto, para não incorrer em “vexame internacional”, de um presente dado ao presidente do Brasil ir a leilão, Bolsonaro procurou como “incorporar” o kit.
Wajngarten afirmou que, assim, por 14 meses os kits passaram pelo desconhecimento do casal Bolsonaro.
“Nem a primeira dama nem o presidente souberam dos presentes por 14 meses. A Michelle reitera que jamais teve conhecimento de quaisquer presentes”, disse.
Ainda segundo o ex-responsável pela comunicação de Bolsonaro, o acervo do ex-presidente, inclusive todas suas camisas de times de futebol, se encontram “temporariamente armazenado na fazenda do Nelson Piquet” porque o presidente não tinha “nem casa” à época. Assim que houvesse local adequado, disse Wajngarten, o kit seria remetido a outro lugar.7
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