As consequências políticas da manutenção da prisão de Clésio Salvaro

A 5ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, decidiu manter a prisão do prefeito de Criciúma Clésio Salvaro (PSD) e de mais nove pessoas detidas na Operação Caronte, do Gaeco e do Geac, onde os suspeitos são acusados de participarem de uma organização criminosa que fraudou o processo de concessão de funerárias na maior cidade do Sul do Estado.

O julgamento foi na manhã desta quinta-feira (19) e põe mais fogo na campanha eleitoral de Criciúma, onde o prefeito chegou a acusar o governador Jorginho Mello (PL) de agir politicamente para prejudicar o candidato Vaguinho Espíndola (PSD) e favorecer o deputado federal, licenciado Ricardo Guidi (PL).

A prisão de Clésio Salvaro virou tema da campanha, uma das mais acirradas do Estado, o que resultou na subida de Vaguinho nas pesquisas. Com a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Jorginho Mello, nesta sexta-feira (20), a Criciúma, a expectativa de Guidi é reverter a situação.

A Operação Caronte começou em 2021, na Grande Florianópolis, mas foi no Sul do Estado que teve a maior atuação da força-tarefa do Ministério Público. No julgamento desta manhã, o desembargador Antônio Zoldan, que havia pedido vista do processo, pediu a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como proibição de acesso à prefeitura, contato com testemunhas e acesso a documentos relacionados à investigação.

A posição de Zoltan foi vencida pelos demais membros da 5ª Câmara Criminal. Eles mantiveram a prisão de Clésio, que segue afastado do cargo, e dos demais detidos.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSky, Instagram, Threads e Facebook.