Após queda, Roberto Jefferson é transferido para hospital
STF autorizou exames e acompanhamento médico
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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) deixou na tarde deste domingo (4) o presídio Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, horas antes, a transferência para o Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul da capital fluminense.
Preso desde outubro, após atirar contra policiais federais, ele pediu transferência na última semana, por meio da defesa. Alegou correr “risco de vida”, em decorrência da piora de seu estado de saúde e de uma queda sofrida no cárcere.
No despacho, o ministro Alexandre de Moares, relator do caso no STF, registrou informe entregue pela defesa, que diz que o “paciente necessita de avaliação tomográfica de crânio seguida de avaliação neurocirúrgica em caráter de urgência devido a possível traumatismo craniano decorrente de queda”.
“Solicito que tais exames sejam feitos com a máxima celeridade possível em decorrência da progressiva piora do estado geral do paciente, assim como sua perda ponderal. Solicito que o mesmo seja supervisionado por equipe de saúde para tomada regular de suas medicações”, determinou Moraes.
O pedido foi feito pela defesa do ex-deputado Roberto Jefferson. A alegação foi a piora no estado de saúde do ex-deputado. Na sexta-feira (2), Jefferson teria sofrido uma queda e batido a cabeça após desmaiar na cela.
Moraes estipulou medidas cautelares para Jefferson, para o período em que passar por tratamento, sob pena de ter que voltar para o Complexo Penal de Gericinó. “Autorizo a sua saída imediata do estabelecimento prisional, tão somente para tratamento médico.” Proibiu “visitas sem prévia autorização”, qualquer tipo de acesso a redes sociais da internet, uso de “celular, tablet ou quaisquer outros aparelhos eletrônicos de comunicação” e entrevistas.
No sábado (3), a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio confirmou quadro de depressão e disse que enviou informações sobre o estado de saúde de Roberto Jefferson a Moraes.
Aos 69 anos, o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso em 23 de outubro, dias antes do segundo turno das Eleições 2022, após atirar e jogar granadas contra policiais federais, que foram até sua residência, no Rio, cumprir um mandado de prisão do STF.
Num dos registros entregues pela defesa, dos atendimentos médicos consta que “o paciente com quadro de confusão mental”, “relatando ouvir vozes com mensagens inconsistentes com a realidade (alucinação auditiva), estado geral ruim”. “Apresenta hematoma em região frontal esquerda.”
Humanitário
A defesa de Roberto Jefferson divulgou uma nota pública, após a transferência, em que elogiou a secretaria do Rio, o STF e classificou de “medida de caráter humanitário” a decisão de Moraes – um dos principais alvos dos ataques do ex-deputado, antes de sua prisão.
“Reforçamos que a SEAP tem atuado sempre de forma ágil e em plena observância das determinações judiciais. Cabe também elogio ao STF pela rapidez na análise do nosso pedido, diante da situação urgente que foi apresentada”, informa a nota. O documento é subscrito pelos advogados João Pedro Barreto, Juliana França David, e Fernanda Reis de Carvalho.
“Salientamos o deferimento no fim de semana, dada a fragilidade do quadro de saúde de Roberto Jefferson, que não passou despercebida pelo ministro Alexandre de Moraes. Trata-se, sem dúvida, de medida com caráter humanitário.”
A Seap informou, por meio de nota à imprensa divulgada antes da transferência, que “em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal expedida neste domingo” iria “realizar a imediata transferência do custodiado citado do Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho para o Hospital Samaritano Botafogo, onde ficará sob custódia permanente”.
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