Alexandre de Moraes abre inquérito contra Bolsonaro por fala sobre vacina e Aids
Pedido foi feito pela CPI da Covid. Segundo o ministro, presidente propagou fake news
• Atualizado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), instaurou inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por afirmar em uma live, em 21 de outubro, que pessoas vacinadas contra a covid-19 no Reino Unido estariam “desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids)”.
O pedido foi feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. Segundo Alexandre de Moraes, o presidente utilizou as redes sociais para propagar fake news.
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“Nesse contexto, não há dúvidas de que as condutas noticiadas do presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais”, disse na decisão.
Live em que Bolsonaro associa vacina da Covid à aids é removida do Facebook
Pela 1ª vez uma live do presidente Jair Bolsonaro foi removida do Facebook e o vídeo retirado do Instagram. As plataformas apontaram as informações como não verdadeiras. Na gravação o presidente leu uma notícia de que vacinados contra covid estariam desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida, Aids, o que foi desmentido por vários especialistas e médicos.
A relação da vacina contra o novo coronavírus com a transmissão do vírus da Aids já havia sido negada pela Organização Mundial de Saúde, que recomenda a necessidade dos portadores da doença se vacinarem contra a covid.
No mesmo vídeo, o presidente disse que o uso de máscaras por muito tempo pode causar pneumonia e morte, criticando a obrigatoriedade do equipamento de proteção.
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