Governo de SC lança programa que busca zerar fila de cirurgias eletivas
Confira quais são as principais ações para resolver as filas de cirurgias no estado
• Atualizado
O governador do estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, junto da Secretária de Estado de Saúde, Carmen Zanotto, falaram, na manhã desta segunda-feira (6), sobre o programa de cirurgias eletivas.
“Não há nada mais importante nem mais urgente que atender quem sente dor e quem luta pela vida. Temos condições, temos vontade política e vamos fazer já, vamos tirar as pessoas do sofrimento, esse é o papel do Estado”, disse o governador Jorginho.
Segundo o Governo, o documento é resultado de mais de um mês de trabalho intenso para traçar o cenário da fila de espera, os principais gargalos e o planejamento de ações. Durante a conversa, Carmem Zanotto explicou que há em média 8,7 mil procedimentos por mês, no entanto, a meta é chegar a 21 mil ao mês.
No total, há mais de 105 mil pessoas na fila de espera das cirurgias eletivas em todas as regiões de Santa Catarina. Com isso, o custo deve chegar a R$ 235 milhões para o Fila Zero até 2026. Estão incluídas no Programa também as pessoas que aguardam por consultas cirúrgicas, exames e diagnósticos, assegurando atendimento prioritário aos pacientes oncológicos. Mais de 225 mil catarinenses serão diretamente beneficiados.
“O que a gente precisa é melhorar os serviços. Amanhã, por exemplo, vamos ter uma reunião com a câmera técnica para estudar o protocolo que já está construído. Para que a gente possa ter uma padronização dos serviços oferecidos”, ressalta Carmen Zanotto.
Ela explica ainda que o governo revisará os planos estaduais de combate ao câncer e de atenção em alta complexidade em cardiologia e ortopedia. “Santa Catarina quer zerar as filas de cirurgias eletivas em seis meses”.
Diagnóstico – cenário atual
- Pacientes em fila de espera para cirurgias eletivas: 105 mil
- Pacientes em fila de espera para cirurgias oftalmológicas ambulatoriais: 4,7 mil
- Pacientes aguardando consultas com a especialidade cirúrgica: 117 mil
- Média de cirurgias eletivas (dez/2021 a nov/2022): 8,7 mil/mês
- Taxa de não comparecimento em consultas cirúrgicas: 33,13%
- Capacidade dos hospitais sob gestão estadual (91 contratos): 21 mil cirurgias eletivas/mês
As demandas mais reprimidas estão relacionadas a ortopedia, cirurgia geral e geniturinário: joelho, quadril, ombro e coluna; aparelho digestivo: vesícula e vias biliares, hérnias, gastroplastias; histerectomias, vasectomias, laqueaduras e cálculos renais; varizes, angioplastias e ablações.
As fontes de financiamento seriam o Fundo Estadual de Saúde e Fundo de Hospitais Filantrópicos, com R$ 135 milhões; Recursos Extras do Fundo Nacional da Saúde, cerca de R$ 70 milhões; e Recursos Fundos Municipais, R$ 30 milhões.
O que é Fila Zero?
Sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde, o Grupo de Trabalho, criado no dia 13 de janeiro com a participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde; rede hospitalar credenciada de prestadores de serviços, vinculada ao SUS (Ahesc, Fehosc e Fehoesc), além do colegiado de Consórcios Públicos de Santa Catarina, identificou os principais gargalos na lista de espera do sistema de regulação, levantou a capacidade contratualizada nos hospitais sob gestão estadual e a média de procedimentos dos últimos meses e identificou as fontes de recursos. Com isso, foi possível estabelecer as prioridades e as diretrizes do Plano, que já começou a ser executado pelos envolvidos.
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