A semana em fotos: cidades em situação de emergência e a movimentação das lideranças políticas
Prefeitos, Governo do Estado e lideranças políticas, inclusive de outros estados, estão mobilizados para amenizar os danos
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As fortes chuvas que deixam, até o momento pelo menos 11 cidades em situação de emergência e centenas de desabrigados, marcaram a semana no estado. Os impactos são inúmeros e uma morte foi registrada. Prefeitos, Governo do Estado e lideranças políticas, inclusive de outros estados, estão mobilizados para amenizar os danos.
As cidades mais afetadas são: Camboriú, Governador Celso Ramos, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Gaspar e Palhoça.
Prefeito na água
Há menos de 20 dias à frente do município de Itapema, o prefeito Alexandre Xepa (PL) protagoniza imagens impactantes no resgate da população. Em alguns vídeos ele aparece com a água quase que no pescoço puxando embarcações e socorrendo pessoas ilhadas. Embora tenha recebido críticas, quem conhece o prefeito afirma que enquanto vereador ele mantinha o mesmo perfil ao auxiliar em eventos adversos. A cidade decretou situação de emergência na noite de quinta-feira,17.
A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), assim como todos os catarinenses, também foi surpreendida pelo excesso de chuva em pouco espaço de tempo. Segundo ela, o aviso que o município tinha da Epagri era de uma previsão de 32 milímetros de chuva. Foram mais de 200 milímetros na quinta-feira, 16. “Não seríamos irresponsáveis de não avisar a população”, afirmou.
Durante os trabalhos de resposta às enchentes, Juliana reuniu os 19 vereadores da cidade para apresentar as ações realizadas no enfrentamento ao evento adverso e ouviu sugestões. A cidade precisa urgentemente de um plano de contingência permanente. É um dos desafios da nova gestão.
Blumenau manda equipes
O prefeito de Blumenau, Egidio Ferrari (PL), mandou auxílio das equipes da Defesa Civil da cidade para Balneário Camboriú. Juliana Pavan fez o pedido, uma vez que não conta com equipe de geólogos especializados para a análise da segurança das construções afetadas pelas chuvas. A Defesa Civil de Blumenau também está atendendo outras cidades do Litoral Norte e da Grande Florianópolis
Ajuda gaúcha
O prefeito de Encantado, do Rio Grande do Sul, Jonas Calvi, ligou para a prefeita, Juliana Pavan (PSD), de Balneário Camboriú, e colocou seu município à disposição para ajudar. “Agora é nossa vez de retribuir o apoio que recebemos de Santa Catarina nos momentos mais difíceis”, disse Calvi.
Topázio atuante
Em situação de emergência, Florianópolis vive um caos desde quinta-feira, 17, com o impacto das fortes chuvas. A população viu carros serem levados pelas águas que invadiram as ruas. Pessoas ficaram ilhadas, turistas presos no trânsito e famílias desabrigadas. Quedas de barreiras e de árvores, além das ruas bloqueadas, impossibilitam a mobilidade da população em diversos pontos do município. Alguns postos de saúde também precisaram ser fechados. O prefeito Topázio (PSD), que tem uma comunicação eficiente e reconhecida nas redes sociais, tem sido porta-voz da prefeitura para levar informações à população. A recomendação é para que as pessoas, se possível, evitem transitar, principalmente, nos lugares mais afetados.
Colegiado
Na manhã desta sexta-feira, 17, o Governo do Estado reuniu o colegiado para avaliar a situação das chuvas. Na sequência o governador conversou com a imprensa. Jorginho Mello informou que recebeu ligações dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do Paraná, Ratinho Junior (PSD) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) oferecendo ajuda. O secretário estadual da Defesa Civil, Fabiano de Souza, também recebeu ligação do secretário nacional de Defesa Civil, que foi atualizado da situação.
Segundo o governo, a Defesa Civil estadual, que é modelo no país, tem capacidade técnica para atender as demandas apresentadas até o momento pelos municípios. Nenhuma ajuda foi negada e junto aos municípios a Defesa Civil tem realizado as avaliações de cada necessidade.
Sobre a falta de alerta
O principal questionamento que fica diante das fortes chuvas que pegaram de surpresa as autoridades catarinenses é por que o episódio não foi identificado para possibilitar um alerta à população.
O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho disse ao jornalista Anderson Vieira, do Olhar do Vale, que os modelos meteorológicos não estavam apontando o volume de chuva.
Desde o desastre de 2008, que assolou Santa Catarina e deixou 135 mortos e mais de 70 mil desabrigados, o Estado vem investindo em tecnologia e estrutura de Defesa Civil. O Governo afirmou que a atuação da circulação marítima sobre o estado, combinada com as características geográficas da região, impediram a previsão assertiva, que causou transtornos e fez cidades decretarem situação de emergência. As condições intensificaram a precipitação, especialmente no Baixo Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis.
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