Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

Se faltar água, não tem comida. Produtores fecham aviários por falta d’água

Para tentar mitigar esses efeitos, Daniela Reinehr e o secretário da Agricultura Ricardo de Gouveia convocaram o setor produtivo para debater ações.

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Foto Divulgação
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Com temperaturas médias que giram em torno de 20 graus e um volume de chuva que passa dos 1.500 milímetros por ano, Santa Catarina está longe de ser uma terra arrasada. Pelo contrário. Com a proteção das nascentes, a cobertura de solo e o uso de tecnologias avançadas o agronegócio, pelo menos ele, conseguiu conter os impactos climáticos. Mas lá de vez em quando, sempre que a La Ninã aparece, não há movimento que controle a falta de chuva. Na região Oeste, Meio Oeste e do Extremo Oeste, por exemplo, onde está o berço do agronegócio, a crise hídrica tem sido impactante. Com médias que variam entre 700 e 890 milímetros por ano, a região não teve nem 50 milímetros de precipitação nesses últimos meses. 

Pelas estatísticas apresentadas, a cultura de grãos deve ter uma perda de quase 30%; a pecuária de leite e as integrações de aves e suínos também vão sofrer com a falta d’ água. Hoje, segundo dados da Aurora Alimentos, 110 produtores tiveram que fechar seus aviários por falta d’agua. 

E para tentar mitigar esses efeitos a governadora interina Daniela Reinehr e o secretário da agricultura Ricardo de Gouveia, convocaram o setor produtivo catarinense para debater ações. Estiveram presentes a FAESC, FETAESC, FECOAGRO, OCESC, SINDICARNES, ACAV, ACCS, Ministério da Agricultura, EPAGRI, CIDASC, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e o Instituto do Meio Ambiente.

Cada entidade pode apresentar suas reivindicações e conhecer os impactos nas culturas provadas pela estiagem. De imediato, serão liberados recursos para perfuração de poços artesianos e para a armazenagem da água da chuva. Ações que ficarão sob a vigilância do IMA e da Defesa Civil do Estado. Para futuro, a intenção do governo é que esse comitê de crise se transforme num conselho permanente.

Só pra atualizar você, que talvez não tenha a exata noção do que o campo está vivendo: uma crise hídrica como esta só foi registrada outras duas vezes: em 1957 e 2005. Portanto está mais do que na hora de agir. E agir unido forças.

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