Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

Safra de soja e milho sente o reflexo da estiagem

Para as lavouras de milho a FAESC estima que o impacto da estiagem seja de perdas de 35% na produção de milho comercial e de 40% a 100% no milho silagem.

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Imagem Ilustrativa. Foto: Epagri / Divulgação
Imagem Ilustrativa. Foto: Epagri / Divulgação

A estiagem prolongada e o baixo volume hídrico nas regiões produtoras de grãos em Santa Catarina trouxeram apreensão nas primeiras medições do ano. A produtividade das lavouras, especialmente de milho e soja, ficará abaixo da previsão e consequentemente a safra 2020/2021 terá reflexos negativos. 

Conversei esta semana com o presidente da APROSOJA/SC, Alexandre Di Domênico, que demonstrou preocupação com os levantamentos feitos. Só no caso da soja, a perda deve ficar entre 08 e 10% na produtividade esperada. Segundo ele, tem determinadas regiões que o impacto pode ser ainda maior.

Outro dado que colabora com a avaliação do Alexandre está exposto no levantamento feito pela FAESC – federação da agricultura de Santa Catarina – que mostram que a chuva de dezembro garantiu certa recomposição de área onde 670 mil hectares foram plantados, com estimativa de 2,5 milhões de toneladas. Para as lavouras de milho a FAESC estima que o impacto da estiagem seja muito maior, com perdas de 35% na produção de milho comercial, o milho grão, e de 40% a 100% no milho silagem. 

O presidente da APROSOJA/SC, Alexandre Di Domênico lembra que se as chuvas retornarem em dezembro, janeiro e fevereiro é possível colher perto de 1,8 milhões de toneladas de milho; 01 milhão a menos do que se projetava. Agora, se a chuva não se regularizar a situação ficará muito mais grave, porque o milho é o ingrediente principal das rações e sem comida os animais deixarão de ser alojados.

A FAESC mostrou, em seu relatório, que em 2020 Santa Catarina, através de suas agroindústrias, precisou importar 4,5 milhões de toneladas de milho e no ano que vem às importações devem passar dos 05 milhões. Comprar fora, com dólar alto e mercado instável, criará um cenário duvidoso e o reflexo disso virá, sem dúvida, no aumento do preço dos alimentos.

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