“Conseguimos resgatar R$ 14 milhões e iremos atrás do restante desse dano”, afirma Moisés
Confira a entrevista exclusiva com o governador de SC no Ponto e Contraponto, com Prisco Paraíso.
• Atualizado
O jornalista e comentarista Prisco Paraíso entrevistou o governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva (PSL) no Ponto e Contraponto deste sábado (8).
Moisés concedeu sua primeira entrevista exclusiva após reassumir o Governo do Estado nessa sexta-feira (7), após ficar afastado enquanto aguardava o julgamento do segundo processo de impeachment. “Não se fez nem justiça, na verdade a justiça de fato era não ter aberto esse processo. O que se fez foi corrigir um erro”, iniciou o governador Carlos Moisés ao afirmar que Santa Catarina não merecia esse tipo de tratamento em plena pandemia.
Ao ser perguntado sobre os dois processos de impeachment, o governador de SC afirmou:
“Nunca se sabe como será. Esse tipo de ação deve-se ter muita responsabilidade. É fundamental para a democracia, quando de fato gestor público erra quando ele não está em condições de exercer seu cargo, mas o que vimos aqui foi algo fora do normal e sem precedentes”.
Carlos Moisés
Carlos Moisés passou por dois processos de impeachment. No primeiro processo, o governador foi julgado e inocentado quanto à equiparação salarial entre procuradores do Estado e da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Já no segundo, o Tribunal Especial de Julgamento absolveu Carlos Moisés da Silva (PSL) no processo de impeachment no caso dos respiradores.
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Veja alguns pontos das perguntas iniciais:
Lá em junho do ano passado, quando no intervalo de duas semanas Julio Garcia abriu dois pedidos de impeachment contra o governador, ficou muito claro que a Alesc queria assumir o governo. O senhor absorveu essa situação?
Eu me resignei desde que começamos a sofrer com essas ações, a olhar para frente. Pois o lugar estou, colocado por mais de 71% dos catarinenses que conhecem seu governador e sabem da minha integridade, não tenho tempo para lamentar, eu tenho que olhar para frente, eu tenho tempo de gestão para fazer as entregas. Temos muita coisa boa para entregar aos catarinenses. Eu tomei uma decisão, não vou me amargurar, vou olhar para frente e vou terminar o mandato da forma que o cidadão quer que o homem público se comporte: sem brigas, sem contratempos, efetivamente prestando um serviço público ao cidadão catarinense. Então eu consigo assimilar nesse sentido. Acho que não foi justo, mas ao mesmo tempo eu preciso trabalhar.
No primeiro impeachment um desembargador votou contrário ao senhor, já no segundo os cinco votaram contra. Qual explicação para essa mudança?
Esse processo teve um julgamento político de fato. Não foi efetivamente técnico por parte daqueles que entendem de culpabilidade, uma vez que está amplamente provado, que tanto no primeiro processo quanto no segundo, o governador está absolutamente isento das responsabilidades e adotou as medidas que precisava adotar quando ciência dos problemas. Então, eu resumo dizendo que foi um julgamento político.
O senhor está preocupado com a CPI da Covid no senado?
Absolutamente não. Entendo que tudo que havia de se fazer em relação, se fez. Agora é procurar seguir esses valores. Como eu determinei, assim que tomei ciência, e conseguimos resgatar R$14 milhões, que já estão separados para o Governo e iremos atrás do restante desse dano que foi causado. Iremos restituir, mas a autoria e responsabilidade estão apontadas em investigações locais. Isso inclusive, a subida do processo no STJ traz a morosidade ao andamento e esclarecimentos dos fatos em Santa Catarina. Com a descida do processo, saindo e arquivando no STJ, aqui os órgãos de controle poderão mostrar e indicar as conclusões que chegaram.
O senhor está vindo de uma reunião com colegiado, qual foi a pauta?
Nós reunimos os nossos secretários para poder entender de primeira mão o que eles encontraram, na medida que tiveram acesso a algumas informações, outros ainda não conseguiram informações por ser final de semana. Mas nós reunimos informações, especialmente em relação à saúde. Deliberamos sobre entrega que já estávamos fazendo aos catarinenses e por conta do afastamento não conseguimos realizar. Reunimos essas várias entregas que vamos fazer, seja na infraestrutura, na saúde, na educação. E também, estabelecemos algumas prioridades, eu fiz um apelo para que a gente marcasse data para na próxima semana estar revisando nossa política hospitalar catarinense. Quero acelerar o Governo para fazer efetivamente as entregas aos municípios.
Confira o programa na íntegra para TV:
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