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Prejuízos

Pesquisa mostra que temporada de verão não existiu para bares e restaurantes em SC

Para 62,7% dos donos de bares e restaurantes entrevistados, a queda no movimento foi superior a 30% e o gasto médio dos clientes teve redução

• Atualizado

Redação

Por Redação

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), feita com 102 proprietários de estabelecimentos de alimentação fora do lar de Santa Catarina, no fim de fevereiro, mostrou que a temporada de verão não existiu – historicamente o período de maior receita anual para o setor.

Para 62,7% dos empresários entrevistados, a queda no movimento foi superior a 30% e o gasto médio dos clientes teve redução maior de 15% para 45,1% deles. “Um impacto gigantesco nas finanças dos estabelecimentos. A maioria tinha a expectativa de que o período representaria o inicio da recuperação economica, o que não aconteceu”, afirma Raphael Dabdab, presidente da Abrasel em Santa Catarina.

Segundo ele, este resultado e o atual colapso dos leitos de UTI no estado poderiam ter sido evitados se as definições de permanência em hotéis e o uso das praias fossem anunciadas em setembro, em vez de dezembro, quando o turista já havia decidido o seu destino. “Na saúde, a desativação de leitos, que nunca deveria ter ocorrido, e o investimento na estrutura somente após o colapso do sistema demonstram a falta de planejamento do Executivo catarinense”.

Colapso iminente

De acordo com a Abrasel, o segmento, que gerava 100 mil empregos diretos antes da pandemia, saiu da temporada de verão com dívidas: 34,3% das empresas estão com impostos em atraso e 17,6% já não conseguem manter o pagamento dos funcionários em dia. “O aumento das restrições, em especial nos finais de semana, agrava de forma severa esse cenário”, analisa Dabdab.

Enquanto vários estados anunciam redução de carga tributária, linhas de crédito e programas que flexibilizam o pagamento de importos atrasados, Santa Catarina aumentou a carga de ICMS para o setor. Diante disso, 73,5% dos consultados não cogitam quaisquer investimentos ou perspectiva de expansão pelos próximos 12 meses e 27,5% deles relatam a possibilidade de redução ou mesmo fechamento de operações durante 2021. Ainda de acordo com o levantamento, a expectativa para este ano é péssima ou ruim para 48,1% dos empresários do setor de alimentação fora do lar.

“O mais alarmante é testemunharmos o Governo Estadual, que bateu recorde de arrecadação em janeiro e fevereiro, não intensificar a fiscalização da minoria que não cumpria os protocolos e investir na estrutura da saúde somente após do sistema ter colapsado.

Quantas vidas, empresas e empregos ainda precisamos perder para que tenhamos um plano de enfrentamento que contemple os impactos na saúde, na economia e na população?”, questiona o presidente.


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