Em um carro de 1928, família que percorre o mundo há 20 anos visita Florianópolis
A família Zapp já está com o próximo destino definido: Foz do Iguaçu
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Fazer as malas e colocar o pé na estrada para conhecer o mundo pode ser o desejo de muitos. Ainda mais quando se trata da lua de mel, a escolha do destino é feita com muita cautela e tudo costuma parecer um sonho. No entanto, tende a ter uma data final.
O casal argentino Herman Zapp e Candelaria Chovett, que percorre desde 2000 o mundo em um carro Graham-Paige de 1928, também achava que a aventura de conhecer novos países duraria menos, uns seis meses, talvez. Só que os dias viraram meses e então, já eram 20 anos.
No começo a ideia era sair no estilo “mochilão”, já que o casal sempre sonhou em viajar. Herman diz que não era um apaixonado por carros, mas que mudou totalmente de ideia quando viu o Graham-Paige. Foi amor à primeira vista!
“A primeira vez que eu o vi, fiquei apaixonado e tive que ficar com o calhambeque”, conta Zapp.
O casal que saiu de Buenos Aires, já visitou mais de 100 países, dentre eles o Brasil, onde está agora. Foram para a China, Namíbia, França, Índia, Malásia, Japão, dentre outros. Herman brinca que o carro virou uma casa pequena, mas com um enorme jardim. Vira cozinha, quarto e se quiser tem até um cômodo extra: uma barraca.
Família Zapp: filhos
Fruto do relacionamento, nasceu em 2002 nos Estados Unidos o primeiro filho, o Pampa. Depois veio a Paloma, que nasceu em 2007 no Canadá; Wallaby, em 2009 na Austrália; e Tehue, em 2015 na Argentina.
Todos os filhos estudam através do ensino à distância, disponibilizado pelo Governo da Argentina. Mas os pais acreditam que a melhor maneira de educar é com as viagens: descobrindo, olhando, lendo, tocando e indo aos lugares.
“Ninguém pode contar tão bem sobre história do que eles. Eles já foram em todos os lugares históricos como, por exemplo, lugares em que aconteceram batalhas da II Guerra Mundial, viram a tumba de Tutancâmon….”, diz o pai orgulhoso.
Uma lição de vida
Muito mais do que colecionar lugares, a família Zapp defende que o importante é conhecer novas culturas e fazer novas amizades. Para eles, comer as comidas tradicionais, viver como um nativo e receber o carinho das pessoas é o que basta.
“Se eu fecho os meus olhos agora e tento pensar em um lugar, eu só vejo rostos. Nós conhecemos pessoas maravilhosas, elas são as melhores memórias que eu tenho”, reflete Herman.
Para eles, um exemplo de lição de vida foi quando visitaram a tribo Uro, no lago Titicaca, onde as pessoas vivem em uma ilha flutuante. Ao questionar um morador do motivo de viverem com tão pouco, obteve como resposta: se tivermos muito, afundamos.
Ilha da Magia
A família já passou por outras cidades do Brasil, país que está há mais de sete meses. Agora estão em Florianópolis, na Cachoeira do Bom Jesus, onde ficam mais alguns dias até partir para Foz do Iguaçu.
“Amamos Florianópolis. Vários lugares em apenas um lugar! Muitas praias, montanhas, restaurantes, músicas… aqui é seguro e as pessoas são adoráveis. Realmente amamos”, diz Zapp sobre a Ilha da Mágia.
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