Caso Henry: mãe mentiu para polícia e acobertou o padrasto; conversas revelaram agressões
"A mãe não só se omitiu como aceitou o resultado", disse o delegado; as mensagens mais significativas foram travadas entre Monique e a babá de Henry
• Atualizado
“Ela mentiu para a gente, tem provas que a mãe sabia, eu sei que ela mentiu”, disse o delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação do assassinato do menino Henry Borel.
“As circunstâncias estão sendo apuradas, mas com o testemunhos falsos, foi urgente a decretação das prisões (da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Doutor Jairinho)”, afirmou Damasceno. O risco era que eles pudessem atrapalhar as investigações.
“O que ficou claro ao longo das investigações é que ela deu proteção ao assassino do filho”, disse Damasceno. A principal prova foi mensagem trocada entre a mãe e a babá de Henry. “A empregada fez o que se esperava dela, comunicou agressões anteriores contra o menino. “Temos de qualificar os elementos. A babá não estava no momento da morte”, afirmou Damasceno.
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Uma outra prova é o pedido do Doutor Jairinho a um executivo do setor hospital para que o corpo de Henry não fosse levado para o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. “Temos as mensagens, o padrasto diz que seria melhor, para que a página fosse virada de uma vez.”
O executivo do setor hospitalar (não identificado na entrevista do delegado) não concordou o pedido. “Ele se negou de maneira clara, disse que seria necessário levar ao IML, até porque ele já teria chegado em óbito ao hospital.”
Mensagens de celular
O delegado da Polícia Civil Henrique Damasceno, responsável pela investigação da morte do menino Henry, disse que mensagens recuperadas no celular da mãe Monique Medeiros mostram relatos de agressões à criança.
“Existiam lesões sérias apontadas nos laudos, que levantaram suspeitas desde o início”, disse Damasceno. Uma das provas mais contundentes trata-se de mensagens apagadas e recuperadas no aparelho de Monique, que teria escondido o suposto assassino, o padrasto, o vereador do Rio de Janeiro, Doutor Jairinho.
O espaço e o tempo entre a entrega do menino à mãe pelo pai da criança, Leniel Borel, e a morte de Henry, segundo a polícia, levaram à conclusão da participação de Monique e Doutor Jairinho no assassinato do menino. O inquérito ainda está em curso, mas as prisões já foram decretadas.
“Ficou claro que o Henry foi deixado pelo pai, às 19h30 (domingo, dia 8/3). Quando ele subiu, ele não se queixou. Existe uma foto, ele estava sorrindo, estava saudável. É um curto intervalo curto de tempo, chegou morto ao hospital”, disse Damasceno. A mãe e o padrasto tentaram maquiar o assassinato. “Eles tentavam demonstrar um núcleo harmonioso, mas as buscas e apreensões mostraram o contrário.”
“A mãe não só se omitiu como aceitou o resultado”, disse o delegado. As mensagens mais significativas foram travadas entre Monique e a babá de Henry.
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