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Casal, filha e cachorro: conheça a história de uma família toda adotada e cheia de amor

É justamente uma história de amor à primeira vista que marcou a vida de Janaína Gonçalves de Lima e de um cãozinho resgatado, o José Bento.

• Atualizado

Viviane Abreu

Por Viviane Abreu

José Bento. Foto: Prefeitura de Florianópolis, Divulgação
José Bento. Foto: Prefeitura de Florianópolis, Divulgação

Para adotar um pet, é preciso conhecer bem as responsabilidades e os cuidados que um animal requer. Mas também é preciso amor pelos bichos. É justamente uma história de amor à primeira vista que marcou a vida de Janaína Gonçalves de Lima e de um cãozinho resgatado, o José Bento.

Antes da adoção, José passava por maus tratos e estava praticamente abandonado dentro de um terreno. O animal passava fome, estava magro e doente. Após uma denúncia, a equipe da Diretoria de Bem-Estar Animal de Florianópolis o resgatou.

Ao chegar no abrigo, a empresária Janaína avistou José Bento, e o que era para ser apenas uma visita se tornou um encontro de amor e amizade. 

“O que mais nos chamou atenção no vídeo que vimos do resgate dele é que ele não parava de sorrir e abanar o rabo, mesmo após todo o sofrimento. Ele é muito doce e veio para colorir nossas vidas,” comentou Janaína.

Assim como seu cachorrinho, Janaína também foi adotada ainda muito nova, e isso acabou a sensibilizando para adoção.

“Nós somos uma família de adotados. Eu fui adotada com seis meses, a Julia, minha companheira, foi adotada com dois dias, a Amora, nossa filha, com 3 anos”, conta cheia de alegria a empresária. 

Mesmo em meio à pandemia, a família de Janaina optou pela adoção. O que poderia ser um empecilho, se tornou impulso para a solidariedade e conscientização. Ao adotar um animal abandonado, a pessoa acaba salvando outro, já que libera espaço no local para mais um resgate.

Para adotar um animalzinho da Diretoria de Bem-Estar Animal de Florianópolis, como fez a Janaína, é preciso ter mais de 18 anos, ser morador da Capital, dar entrada ao processo de adoção e ter um local com boas condições para a moradia do pet. O espaço é vistoriado pela equipe do Dibea e, se tudo estiver dentro dos conformes, o animal é entregue ao seu dono.

José Bento
José Bento. Foto: Prefeitura de Florianópolis, Divulgação

Aumenta o número de denúncias por maus tratos

Na contramão da história do José Bento, que ganhou um lar, segundo informações da Prefeitura da Capital, caiu o número de adoção de pets.

Mas, quem nunca quis ter um animal de estimação, não é? Porém, antes mesmo de pensar em adoção, é preciso ter consciência da responsabilidade que é cuidar de um animal. Isso porque é cada vez mais comum os casos das pessoas que adotam – ou até compram – e depois se arrependem. 

As denúncias contra os crimes de maus tratos aos animais cresceram significativamente durante a pandemia. O número de denúncias em Florianópolis teve um aumento de 384% em 2020, se comparado ao ano de 2017. O crescimento das interações nas redes sociais também são responsáveis por essa alta. Com a facilidade no compartilhamento de imagens, ficou mais simples denunciar. Em casos assim, a responsabilidade pelo resgate desses animais é da Diretoria de Bem-Estar Animal da Prefeitura de Florianópolis.

Mas para que as autoridades tomem providências é preciso registrar a denúncia através da delegacia virtual e realizar um boletim de ocorrência. Os suspeitos de maus tratos podem responder criminalmente, com pena que pode variar de dois a cinco anos de reclusão. 

Serviço de castração gratuito

A castração é uma medida que ajuda a evitar doenças, evita a reprodução indesejada e consequentemente o abandono. O que muitas pessoas não sabem é que esse procedimento pode ser feito de forma gratuita por algumas instituições. 

Em Florianópolis, a castração é gratuita, e pode ser feita inclusive para animais em situação de rua, desde que tenham acompanhamento pós-cirúrgico de um responsável.

Fazer o cadastro para a castração é simples, basta comparecer na Diretoria de Bem-Estar Animal, localizada na SC-401, nº 114, com cópias do comprovante de residência endereçada no município e identidade do responsável pelo animal. A equipe fará o agendamento da data da castração. Após a realização do procedimento, o pet recebe uma receita assinada pelo médico veterinário com as prescrições de medicamentos que devem ser comprados.   

É importante lembrar que animais com focinho achatado, como os da raça shih-tzu, pug, bulldog, felino persa entre outros, não podem ser castrados, assim como os que tenham mais de oito anos sem avaliação de veterinário, obesos, no CIO ou em gestação avançada.

Para mais informações, a Diretoria de Bem-Estar Animal atende das 8 às 17h pelos telefones: (48) 3237-6890 e (48) 3234-5677.


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