Após rompimento da lagoa artificial, IMA afirma que Lagoa da Conceição está imprópria para banho
Segundo relatório do IMA, 5 dos 9 pontos analisados apresentaram grande índice de coliformes fecais.
• Atualizado
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) divulga nesta quarta-feira (27), o laudo de balneabilidade na Lagoa da Conceição após o rompimento da lagoa artificial que recebia efluentes tratados. Segundo o resultado, os pontos mais próximos de onde ocorreu o extravasamento estão impróprios para banho.
O IMA faz coletas de balneabilidade todas as semanas em nove pontos na Lagoa da Conceição. O relatório é divulgado às sextas-feiras. Devido ao acidente, excepcionalmente, o Instituto antecipa o resultado que apresentou que os pontos 37 (em frente à servidão Pedro Manuel Fernandes); 39 (frente à rua de acesso à Praia da Joaquina); 61 (altura nº 1.480, na Avenida das Rendeiras); 62 (em frente à rua Manuel Isidoro da Silveira); e 66 (na altura do nº 2267, na Avenida Osni Ortiga) não estão em condições de receber banhistas.
O órgão ambiental catarinense realizou coletas também na segunda-feira (25), nas proximidades onde houve o maior recebimento dos efluentes. Nestes pontos também há grande índice de coliformes fecais. Desta forma, o IMA solicita aos banhistas que não mergulhem na Lagoa da Conceição.
O Instituto é o único órgão do estado com monitoramento histórico da qualidade da água do mar. Somente na Lagoa da Conceição a pesquisa de balneabilidade ocorre desde 1997. O IMA dará continuidade ao monitoramento, divulgando todas as sextas-feiras a condição do litoral catarinense para banho humano. Para acessar os resultados basta entrar em balneabilidade.ima.sc.gov.br. No link “Histórico” há a atualização dos pontos da Lagoa da Conceição.
Nota da casan
Em nota, a Casan reafirmou a qualidade do efluente tratado e que estava presente na Lagoa de evapoinfiltração nas dunas da região da Lagoa da Conceição e que atingiu as residências após as chuvas, na segunda-feira (25).
A CASAN reafirma à população catarinense a qualidade do efluente tratado que sai de sua Estação de Tratamento e é lançado na lagoa de evapoinfiltração nas dunas da região da Lagoa da Conceição, ao contrário do que tenta dar a entender laboratório privado.
O líquido enviado pela Estação de Tratamento à lagoa de evapoinfiltração nas dunas é efluente tratado, desinfetado e segue todos os padrões de lançamento exigidos pela legislação ambiental vigente (Resolução CONAMA 430/2011 e Lei Estadual 14.675/2009).
O efluente é direcionado para a lagoa de evapoinfiltração para que, ao evaporar e se infiltrar no solo, siga seu caminho natural, que é retornar ao lençol freático. Uma série histórica de análises realizada pela Companhia traz a garantia de que o efluente não traz impactos ao meio ambiente.
É preciso ressaltar que o efluente tratado, misturado à enxurrada, recebeu também a interferência de águas acumuladas nas redes de drenagem, das fossas e banheiros das casas afetadas e, possivelmente, de ligações inadequadas de esgoto.
Além disso, a própria sujeira das ruas, acumulada por dias de chuva, com certeza contribuiu para alterar as características originais do efluente tratado.
Ao permanecer algum tempo na lagoa, o efluente é incorporado ao ambiente, que já possui coloração naturalmente mais escura. Portanto, a cor não deve ser adotada como indicador definitivo da presença de esgoto.
Diante destas considerações, não é possível tecnicamente fazer associação entre coletas diretamente realizadas na Lagoa da Conceição após o acidente e a enxurrada, sem que o efluente tratado tenha sido coletado na saída da própria unidade de tratamento de esgotos.
A Companhia reforça que análise divulgada por laboratório não coloca em xeque o tratamento sanitário, que segue normativas da legislação ambiental.
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