Fabio Schardong

Jornalista com 32 anos de profissão. Comunicador na Rádio Chapecó desde 2005.


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Fabio Schardong

Andanças e constatações

Os problemas, a falta de noção e as dificuldades estão em todos os lugares, só mudam de endereço.

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A média móvel dos últimos 7 dias foi de 45 óbitos e 9.126 novos casos diários da doença | Foto: Freepik/reprodução
A média móvel dos últimos 7 dias foi de 45 óbitos e 9.126 novos casos diários da doença | Foto: Freepik/reprodução

Passei alguns dias na ociosidade, boa parte do começo de fevereiro no interior do Rio Grande do Sul. Foi um período de observações.

A primeira constatação ocorreu ao atravessar a ponte na divisa entre Santa Catarina e o estado gaúcho, olhando as placas à beira da estrada. A gasolina lá segue mais cara do que por aqui, acima dos R$ 5. Na volta, a gasolina estava mais cara ainda, antes e depois da divisa.

A safra de soja deve ser muito boa. É o que se vê nas lavouras viçosas. O preço? Já não sei, mas pelo o que ouvi, não está tão ruim.

O tempo maluco também se faz presente pelas plagas sul-riograndenses. Trovões, raios, ventos e nada de chuva. Dois quilômetros adiante, granizo e destruição. Sem falar em madrugadas com temperaturas perto de 10°C em pleno fevereiro, o que é pouco até no território mais ao sul do país.

A vacinação ocorre, mas o desgraçado do vírus está mais presente do que nunca. Vi bares lotados por lá, o que já havia visto por aqui. Me chamou a atenção que a máscara, lá, está meio que em desuso. Vi gente entrando em supermercados sem a proteção. Mas quem iria cobrar, se até alguns funcionários não a usavam?

Por aqui, na volta, percebi clientes entrando em supermercados sem fazer a leitura de temperatura corporal, nem higienizar as mãos. Fui passar um pano com álcool para higienizar o carrinho de compras, mas cadê o álcool? Lia todos os dias o crescimento dos casos e o coas no sistema de saúde no Oeste. Quando aqui cheguei, me relataram o mesmo. Gaúchos e catarinenses, o vírus não fugiu com a chegada da vacina. Dá pra entender ou é preciso desenhar? Vamos nos cuidar.

Por lá, em pequenas cidades, vi bairros até então pacatos assustados com a criminalidade. Homicídios, arruaças, pancadaria e bebedeiras descontroladas, corriqueiramente acontecendo. Por aqui também, se não fecham determinados locais a balbúrdia toma conta.

Cada ida ao mercado só não é um assalto à mão armada porque a atendente está de posse apenas de um leitor de código de barras, o que não configura tal crime. Mas o dinheiro sai da carteira contra a nossa vontade. A vida está mais cara e nosso poder aquisitivo cada vez menor.

Algumas regiões ainda se diferem de outras, mas por pequenos detalhes. Não dá mais para afirmar “Aqui é um paraíso”. Nem lá, nem aqui. Os problemas, a falta de noção, as dificuldades estão em todos os lugares, só mudam de endereço.


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