Mercado de celulares usados cresce no Brasil
Venda cresceu 26% no ano passado, de acordo com consultoria global
• Atualizado
O Brasil se tornou um dos maiores mercados de celulares usados no mundo. Para evitar o repasse de um aparelho roubado, as lojas estão de olho na procedência e oferecem garantias semelhantes às de um produto novo.
Na hora de comprar um celular, o Guilherme Alves preferiu um modelo usado. O influenciador digital, que precisa de um aparelho com recursos de câmera e memória, viu vantagem não só no modelo, mas no preço, 30% mais barato.
“Tem um ano que eu tô com ele, nunca travou, nunca me deu dor de cabeça. E eu fico mais um ano ainda”, afirmou. Para muitos brasileiros, a opção pelos seminovos pegou. Tanto é que esse mercado saltou de menos de 1% antes da pandemia para 10% do total de vendas hoje no país. De olho nesse crescimento, muitas lojas oferecem garantia de procedência e contra defeitos. Sidney Barbosa, dona de loja de celular, viu a procura disparar.
Segundo ele, o perfil do público fica, “geralmente, na casa de 20 a 30 anos”. Ainda em suas palavras, “você tem a opção de dar à base de troca, então, quando você dá à base de troca, fica bem melhor, diminui muito o valor”.
No Brasil, a venda de usados cresceu 26% no ano passado, de acordo com a consultoria global especializada Internacional Counterpoint Research. Por aqui, a procura por seminovos foi maior que no resto do mundo (15%). Os motivos são a queda na renda dos brasileiros e o alto valor dos celulares novos.
“A gente está falando aqui um celular hoje em média, no começo desse ano, estava sendo vendido a R$ 2 mil. Isso é praticamente a renda de boa parte da nossa população”, disse o gerente de pesquisa da IDC Brasil, Reinaldo Sakis.
Segundo o especialista, em 2022 a previsão é de um crescimento ainda maior nas vendas de usados, próximo dos 30%, enquanto a procura por aparelhos novos deve ser de 5,7%. “Este ano, 2022, devem ter 4,6 milhões de aparelhos usados sendo vendidos, para 43 milhões de aparelhos novos”, explica. Também conforme ele, “adquirir um produto através de uma empresa que revisou e deu garantia a esses produtos, a gente entra na lei do consumidor”. “Então, tem uma garantia de um tempo específico de três meses a um ano”.
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