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Diversidade

Número de profissionais 50+ cresce 3 vezes mais do que empregos

Crescimento foi de 110%, de acordo com levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pexels | Banco de Imagens
Foto: Pexels | Banco de Imagens

O mercado de trabalho brasileiro tem registrado aumento no número trabalhadores com 50 anos ou mais nos últimos. De 2006 a 2021, o crescimento foi de 110%, de acordo com levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), baseado em dados  da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). A presença desses profissionais foi quase três vezes maior que o crescimento geral de empregos (38,6%). No entanto, a diversidade etária ainda é algo que precisa de atenção.

É o que destaca a especialista no assunto, Andrea Tenuta, que esteve presente na última edição do CONCARH, maior congresso de gestão de pessoas do Sul do país, que ocorreu em Florianópolis, na semana passada. Segundo ela, as empresas, de forma geral, ainda precisam entender que é preciso tratar dessa questão, para que ela não vire uma dor no futuro.

“Nós estamos envelhecendo num ritmo extremamente acelerado, não somos mais um país jovem. Hoje, 27% da população brasileira tem mais de 50 anos. O que a França demorou 120 anos para envelhecer, nós estamos envelhecendo muito mais rápido, em 20 anos envelhecemos na mesma proporção, e algumas empresas já acordaram para isso, mas a maioria ainda está olhando para o tema, não tem clareza sobre o assunto e não tem atuado de forma direta”, destaca Andrea.

A especialista em diversidade etária palestrou junto com Alessandra Benedito, que também é especialista em diversidade e inclusão, sobre como as empresas estão tratando as diferenças de forma geral e como se adequar é importante, inclusive, para a saúde das organizações. Ainda de acordo com Andrea, tanto a inclusão das pessoas 50+, quanto de outros grupos é algo que deve estar dentro de uma estratégica colocada em prática de forma conspícua.

“O mundo perfeito é trazer a alta liderança para essa conversa, para que essa pauta se torne estratégica e genuína. Porque na hora em que se tornar estratégica não vai ser só um post no LinkedIn, ou só uma palestra e nada mais, e, sim, algo mais estrutural, para gerar transformação”, pontua Andrea.

Com a expectativa de vida cada vez maior e a idade de aposentadoria aumentando, a tendência é que as pessoas permaneçam por mais tempo ativas no mercado de trabalho. Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de governos, empresas e instituições criarem políticas para a recolocação ou mesmo a permanência desses trabalhadores em atividade. Segundo Andrea, o primeiro passo é entender o tema e, depois, trabalhar nele de forma estratégica e contínua.

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