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Varejo brasileiro

Varejo brasileiro registra taxa de crescimento em meio à inflação

Mesmo com as incertezas eleitorais, a guerra entre Rússia e Ucrânia, inflação e juros elevados, o varejo brasileiro segue resiliente

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Imagem ilustrativa
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Mesmo com as incertezas eleitorais, da guerra entre Rússia e Ucrânia que afeta boa parte do mundo, inflação e juros elevados, o varejo brasileiro segue resiliente, registrando uma taxa de crescimento em março de 2022.

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas no varejo cresceram 18,0% no período, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês em 2021.

Desconsiderados os fatores externos, que têm grande influência sobre o mercado doméstico e afetam a vida das famílias, os dados do varejo ainda não voltaram às taxas registradas antes da pandemia, mas especialistas indicam um cenário positivo para os próximos anos

‘Converso com muitos empresários de conglomerados com sedes e sucursais em diversos países e, com isso, exploro as diversas visões do futuro da economia mundial. A maioria dessas pessoas desenha um quadro favorável para o Brasil diante da situação em que o mundo se encontra’, avalia Marcos Saad, sócio da MEC Malls, que faz a concepção e a gestão de strip malls, empreendimentos focados em trazer conveniência aos consumidores que vivem em seu entorno.

Prova dessa visão positiva sobre o varejo brasileiro é que, em 2021, o país foi o sétimo colocado no ranking dos países que mais atraíram investimento estrangeiro, segundo levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

‘Esse fator tem gerado menor pressão sobre o câmbio e sobre a inflação futura, além da valorização do real, diante das grandes perdas já experimentadas’, completa Saad, também presidente da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls), que viu, entre seus associados, um grande crescimento no número de empreendimentos voltados à conveniência, localizados em pontos estratégicos das cidades.

Com a possível retração no fluxo de investimento para os países europeus, visto que analistas preveem o crescimento da Guerra Fria no continente europeu e em parte do continente asiático, o Brasil é visto como uma possibilidade para muitos investidores – e o varejo é parte disso.

Até o fim do atual mandato do presidente Jair Bolsonaro, o Governo espera ter contratado mais de R$ 1,3 trilhão em investimentos privados no âmbito do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), segundo dados do Ministério da Economia. Até 2024, o aporte da iniciativa privada deve superar os R$ 356,8 bilhões.

‘O Brasil está praticando uma das maiores taxas de juros do mundo, e deve mantê-la em patamares elevados até a inflação voltar ao nível da meta. Esta situação é favorável à atração de capital externo. O varejo se beneficia enormemente disso’, conclui Saad.

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