Valor do salário mínimo deveria ser de R$ 6,3 mil, diz Dieese
Florianópolis possuí a segunda cesta básica mais cara do Brasil.
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No mês passado, para uma família de quatro pessoas se manter, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.306,97, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O cálculo foi feito com base na cesta básica mais cara no mês, a de São Paulo (R$ 750,74), e considerando que, conforme a Constituição, o salário mínimo deve suprir as despesas do trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Atualmente, o piso é de R$ 1.212,00, ou seja, 5,2 vezes inferior. No nono mês do ano passado, quando era de R$ 1.100,00, deveria ter sido 5,14 vezes maior, isto é, de R$ 5.657,66. De agosto para setembro de 2022, o valor da cesta básica diminuiu em 12 das 17 capitais onde todos os meses o Dieese pesquisa o preço. As principais quedas foram registradas em Aracaju (-3,87%), Recife (-3,03%), Salvador (-2,88%) e Belém (-1,95%).
Florianópolis entre as capitas com aumento da cesta básica
Belo Horizonte (+1,88%), Campo Grande (+1,83%), Natal (+0,14%), São Paulo (+0,13%) e Florianópolis (+0,05%) foram as cidades onde o conjunto dos alimentos básicos ficou mais caro.
O preço do óleo de soja e do feijão carioquinha caiu nas 17 cidades; o do leite integral, em 16; o do açúcar, em 14; e o do quilo da carne bovina de primeira, em 13. O da batata aumentou em todas, e o da manteiga, em 14.
Florianópolis é segunda Capital com maior valor da cesta básica
Depois de São Paulo, Florianópolis (R$ 746,55), Porto Alegre (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14) apresentaram as cestas mais caras no último mês. Em comparação com setembro de 2021, o valor da cesta subiu nas 17 capitais. A menor elevação foi registrada em Vitória (8,41%), e a maior, em Recife (18,51%). Neste ano, em todas as capitais abrangidas pela pesquisa há alta acumulada no preço do conjunto dos alimentos. As principais variações foram registradas em Belém (11,78%), Campo Grande (10,87%), Brasília (10,56%), Goiânia (10,29%) e João Pessoa (10,08%).
O tempo médio necessário para comprar os produtos da cesta, no mês passado, foi de 118 horas e 14 minutos, ante 119 horas e 8 minutos de agosto e 115 horas e 2 minutos de setembro do último ano, acrescenta o Dieese. No nono mês de 2022, um trabalhador cujo salário foi o mínimo com o desconto de 7,5%, da Previdência Social comprometeu 58,10% do rendimento para comprar a cesta, frente a 58,54% de agosto e 56,53% de setembro de 2021.
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