Relação comercial de exportação e importação entre SC e Israel traz competitividade ao mercado
Com tantos números sobre exportação e importação sobre as diversas barreiras ultrapassadas pelos dois locais para fazer negócio, a economista Laura Pacheco explica como tudo isso influencia no cotidiano do catarinense e do brasileiro
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Segundo o panorama Bilateral entre Israel, Brasil e Santa Catarina, levantado pela FIESC em 2022, o produto mais exportado por Santa Catarina para Israel foram motores elétricos e geradores de energia, o que movimentou US$ 6,17 milhões e corresponde a 47,5% da exportação do estado para o país.
Em segundo aparecem as obras de carpintaria para construções, com movimentação de US$ 1,23 milhões e a porcentagem das exportações totais reduz, condizendo a 9,5% do total do estado. Confira a tabela completa:
Já em relação à importação de Israel para Santa Catarina, o principal produto que entrou no estado em 2022 foram fertilizantes minerais ou químicos e potássios. A movimentação foi de U$ 59,8 milhões, equivalendo a 34,7% da importação total de SC. Confira a tabela completa:
Com tantos números sobre exportação e importação, sobre a relação comercial entre Santa Catarina e Israel e sobre as diversas barreiras ultrapassadas pelos dois locais para fazer negócio, a economista Laura Pacheco explica como tudo isso influencia no cotidiano do catarinense e do brasileiro.
A curto prazo e de forma direta, há uma primeira variação sentida pela população quando há aumento de exportação: a variação de preços. A economista descreve que, ao levar produtos fabricados no Brasil para fora, pode haver uma diminuição da oferta deste produto no mercado interno, o que, a curto prazo, pode fazer com que os preços aumentem.
“Pode acontecer, por exemplo, de aumentarmos tanto a exportação a ponto de o consumidor brasileiro chegar no supermercado e pensar ‘meu Deus por que aumentou tanto?’ Aumentou porque eles estão exportando mais, mas essa sensação quando a gente fala tanto de oferta quanto de demanda é imaginando que a fabricação e a demanda sejam constantes”.
Já a segunda variação, vinda da relação comercial de importação e exportação, é sentida de forma indireta e a longo prazo. Além de aumentar a entrada de capital estrangeiro, a ampliação da exportação traz competitividade a nível internacional, o que pode valorizar a moeda local.
“Isso pode desenvolver a indústria e a produção interna. Ao mesmo tempo que é comum que haja esse medo de ‘se vender para fora vai ficar caro para nós’, às vezes é justamente isso que traz desenvolvimento. De forma que o brasileiro consiga ter mais acesso a empregos, por exemplo. Esse é o grande ganho que Brasil e Santa Catarina podem ter ao se deparar com uma relação comercial com um país a nível de Israel”.
Ela argumenta que, além da relação comercial, vem a troca no relacionamento de negócios para trazer inovações para o mercado, desenvolvimento técnico para desenvolver a indústria e a capacidade de trazer inteligência para os processos de produção. O que, inclusive, é levantado tanto pelo empresário Jean Abreu em reportagem anterior, quanto pelo presidente da Câmara SC-Israel, Daniel Leipnitz.
Laura Pacheco ainda finaliza que “nenhuma economia no mundo é capaz de ser autossuficiente, é preciso se relacionar com outras economias para poder ter tudo ao alcance e não faltar nada nas prateleiras”.
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