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Dilma Rousseff é eleita como presidente do Banco do BRICs

Dilma foi sabatinada ao longo do mês pelo conselho, formado por governadores do banco, sendo ministros da Fazenda dos países fundadores do NDB

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

A ex-presidente deve viajar com Lula no próximo domingo (26) à China, quando deve tomar posse do cargo | Foto: reprodução/redes sociais
A ex-presidente deve viajar com Lula no próximo domingo (26) à China, quando deve tomar posse do cargo | Foto: reprodução/redes sociais

A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita nesta sexta-feira (24) como a nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), banco que financia obras para projetos de infraestrutura e desenvolvimento nos países do Brics.

Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma fica no cargo até 2025, quando se completa o ciclo do mandato brasileiro. Pelo regimento do banco, cada um dos membros dos Brics indica rotativamente um nome para a presidência do NDB. A ex-presidente era candidata única e foi eleita de forma unânime pelo conselho do banco, por videoconferência.

Dilma foi sabatinada ao longo do mês pelo conselho, formado por governadores do banco, sendo ministros da Fazenda dos países fundadores do NDB.

A ex-presidente deve viajar com Lula no próximo domingo (26) à China, quando deve tomar posse do cargo. A sede do banco é localizada em Xangai.

Lula iria viajar no sábado, mas devido a um quadro de pneumonia teve o embarque adiado em 24h.

Sucessão

No início de março, o banco informou que o brasileiro Marcos Troyjo deixaria a presidência até o dia 24. Troyjo foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e assumiu o cargo em julho de 2020, com mandato previsto de cinco anos. 

Logo que a saída de Troyjo foi anunciada, o NDB afirmou que um “processo de transição de liderança” havia iniciado. Lula já havia sugerido que indicaria Dilma ao cargo.

Brics é um grupo de desenvolvimento econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Críticas

Em fevereiro de 2023, ainda quando a indicação de Dilma começou a ser ventilada, o ex-presidente do Banco Central (BC) e economista Henrique Meirelles Meirelles, em entrevista ao SBT News foi categórico, quando indagado sobre a indicação: “falta habilidade”. Apesar de reconhecer a experiência da petista como gestora, ele explica que “um economista, não necessariamente será um bom presidente de banco”.

“É um perfil diferente de alguém que administra uma instituição financeira, cuja função básica é fornecer crédito para os países em desenvolvimento. Falta a experiência de direção de banco, que faz empréstimos e falta habilidades. É uma experiência muito específica para uma pessoa que vai ser dirigente de uma instituição financeira”, afirmou sobre Dilma.

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