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Dia encurtado

Terra pode registrar o dia mais curto da história nesta quarta-feira; entenda

Cientistas ainda investigam por que o planeta está girando mais rápido

• Atualizado

Redação

Por Redação

Terra pode registrar o dia mais curto da história nesta quarta-feira; entenda – Imagem: Google Earth / Reprodução
Terra pode registrar o dia mais curto da história nesta quarta-feira; entenda – Imagem: Google Earth / Reprodução

Nesta quarta-feira (9), a Terra pode ter o dia mais curto já registrado. O planeta está girando um pouco mais rápido do que o normal, o que pode fazer com que o dia dure entre 1,3 e 1,6 milissegundo a menos do que as 24 horas de sempre. A diferença é muito pequena e ninguém percebe no dia a dia, mas o fenômeno tem chamado a atenção dos cientistas.

O possível novo recorde pode superar o do dia 5 de julho de 2024, quando a rotação foi 1,66 milissegundos mais curta que o habitual. Em média, a Terra leva 86.400 segundos para completar uma volta em torno de si mesma, o que define a duração de um dia.

O que está fazendo a Terra girar mais rápido?

A aceleração da rotação da Terra vem sendo registrada desde 2020, com ajuda dos relógios atômicos, instrumentos extremamente precisos usados para medir o tempo.

Ainda não se sabe exatamente por que o planeta está girando mais rápido, mas os cientistas trabalham com algumas hipóteses:

  • Mudanças na atmosfera e ventos de alta altitude;
  • Derretimento de geleiras e redistribuição da massa da Terra;
  • Movimentos no núcleo terrestre que afetam a rotação;
  • Enfraquecimento do campo magnético do planeta;
  • A posição da Lua em relação ao equador terrestre, que altera a força gravitacional sobre a Terra.

Isso muda algo na nossa vida?

Para a maioria das pessoas, essa mudança de milissegundos não é perceptível. No entanto, para sistemas que exigem altíssima precisão, qualquer variação no tempo pode causar problemas importantes. É o caso de:

  • GPS e satélites de comunicação;
  • Sistemas de navegação;
  • Redes bancárias e bolsas de valores;
  • Telecomunicações.

Por isso, existe o segundo bissexto, um mecanismo usado para ajustar a diferença entre o tempo atômico e o tempo astronômico. Desde 1972, esse ajuste foi sempre feito acrescentando um segundo.

Mas, se a Terra continuar girando mais rápido, os cientistas podem ser obrigados a aplicar algo inédito: o segundo bissexto negativo, ou seja, retirar um segundo da contagem oficial do tempo. Isso pode acontecer por volta de 2029, caso a tendência continue.

Não é um caso isolado

Outros dias próximos também devem ser mais curtos que o normal. É o caso dos dias 22 de julho e 5 de agosto, segundo os cientistas.

Nos últimos anos, a rotação do planeta tem oscilado. Em 9 de julho de 2021, por exemplo, o dia teve 1,47 milissegundo a menos. Em 2023, houve uma leve desaceleração, mas em 2024 a Terra voltou a acelerar, com vários dias quebrando recordes.

*Com informações de SBT News

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