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Qual será o futuro da Igreja Católica após morte do papa Francisco?

Para quem estuda teologia, o papa Francisco trouxe um ar mais leve à Igreja Católica

• Atualizado

Redação

Por Redação

Qual será o futuro da Igreja Católica após morte do papa Francisco? | Foto: Reprodução/Vatican News
Qual será o futuro da Igreja Católica após morte do papa Francisco? | Foto: Reprodução/Vatican News

A primeira viagem do papa Francisco dentro da Itália foi para a ilha de Lampedusa, no sul do país. Ele foi até lá para ouvir refugiados etíopes, eritreus e somalis resgatados do mar Mediterrâneo. Ouviu o que tinham a dizer, sem perguntar se eram católicos.

Essa postura acompanhou o papa durante todo o período em que esteve à frente da Igreja, segundo o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto. “Ele deu voz pra uma demanda reprimida que existia já há muitas décadas dentro da Igreja. E esse caminho não tem retorno, porque são necessidades objetivas da Igreja para se adaptar aos novos tempos.”

Mas os próximos passos também podem sofrer influência de correntes conservadoras dentro da Igreja Católica. O doutor em Ciência da Religião, Jorge Cláudio Ribeiro, acredita que esse embate não será simples. “Essa luta, eu acho que vai ser feroz. Vai ser agressiva. Um papa não é só um papa, é o papa que a humanidade deseja, corresponde às expectativas que as pessoas, grupos e tal, apresentam.”

Para quem estuda teologia, o papa Francisco trouxe um ar mais leve à Igreja Católica. Conduziu reformas e iniciou um processo de renovação. Por isso, o sucessor tem nas mãos uma grande responsabilidade: conciliar demandas progressistas e conservadoras, acolhendo cada vez mais fiéis.

“A Igreja Católica, ela não pode perder a relevância, porque a humanidade precisa de instituições que sejam relevantes, que digam pra vida das pessoas e das nações. Que sejam não obedecidas, mas que sejam guias. Se não conseguir incorporar o feminino e as mulheres dentro de sua vida, acaba”, destaca Ribeiro.

Desde que foi eleito, em 2013, Francisco exerceu influência em questões globais, defendendo frequentemente a justiça, a paz, o meio ambiente e os direitos humanos. “Ou todo católico se torna um pequeno Francisco, ou o catolicismo vai ter muitas dificuldades pra enfrentar os desafios do futuro. Você precisa de uma Igreja onde cada cristão seja mais acolhedor, mais empático, mais espiritual, para que aqueles que não têm fé ou que estão em crise de fé redescubram a graça de Deus, o amor de Deus”, avalia o sociólogo Francisco Borba.

*Com informações do SBT News.

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