Protestos se intensificam na França e 150 pessoas são presas
Os protestos são contra a morte de um adolescente pela polícia
• Atualizado
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin informou nesta quinta-feira (29), que 150 pessoas já foram presas em meio aos protestos contra a morte de um adolescente pela polícia. Em comunicado, o político informou que a situação continua tensa no país, com prefeituras, carros, escolas e delegacias sendo incendiadas por moradores.
Identificado como Naël, o adolescente de 17 anos foi parado por uma blitz na manhã de terça-feira (27), no bairro de Nanterre. Como estava dirigindo sem documentos, o adolescente acelerou o veículo, o que fez com que um dos policiais disparasse um tiro. Naël morreu pouco tempo depois de ser atingido no peito e o carro bateu em um poste.
A abordagem foi registrada por um morador, que compartilhou o vídeo nas redes sociais. A divulgação provocou uma eclosão de tumultos em Nanterre, localizado no subúrbio de Paris, mas logo se espalhou por toda a França, incluindo na cidade de Lyon. Cerca de 2 mil policiais foram enviados à capital francesa para conter as manifestações.
O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou uma reunião de crise no governo e pediu respeito e calma aos manifestantes. O mandatário classificou o caso como “indesculpável” e informou que o policial responsável pelo disparo já está sob custódia. “Cabe à Justiça estabelecer a verdade e atribuir responsabilidades”, escreveu Macron.
A morte de Naël reacendeu o debate na França sobre táticas policiais violentas nos subúrbios do país, sobretudo contra minorias étnicas. Para esta quinta-feira, a mãe do jovem convocou uma passeata pacífica em homenagem ao único filho.
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