Mais de 30 jornalistas morreram em Gaza durante a guerra, informa ONG
26 deles eram palestinos, 4 israelenses e 1 libanês, segundo organização sediada em Nova York
• Atualizado
O Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) divulgou um balanço, nesta terça-feira (31), que aponta que cerca de 31 jornalistas morreram na guerra entre Israel x Hamas, desde o início do conflito, no dia 7 de outubro.
Ainda segundo o Comitê, sediado em Nova York, nos Estados Unidos, desse total de vítimas, 26 são profissionais de imprensa palestinos, 4 israelenses e 1 libanês.
“Os jornalistas em Gaza enfrentam riscos particularmente elevados quando tentam cobrir o conflito face a um ataque terrestre israelita à Cidade de Gaza, a devastadores ataques aéreos israelitas, a interrupções nas comunicações e a extensos cortes de energia.”, diz o Comitê
Ainda segundo o CPJ, 8 jornalistas ficaram feridos e 9 deles foram dados como desaparecidos ou detidos.
“Os jornalistas de toda a região estão fazendo grandes sacrifícios para cobrir este conflito doloroso. Os que estão em Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais.”, informa o comunicado.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, mais de 8,3 mil palestinos morreram devido aos bombardeios, enquanto 21 mil pessoas ficaram feridas. O desabastecimento de produtos também impacta na sobrevivência da população.
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Mais cedo, equipes da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram para a iminente “catástrofe de saúde pública” em Gaza, uma vez que as poucas unidades de saúde que restaram estão superlotadas e sem insumos suficientes. O deslocamento em massa da população do norte da região, ordenada por Israel, também está intensificando a crise no sul.
O mesmo foi dito pelo chefe de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, que tem visitado Israel e o Território Palestino Ocupado. Ele fez um alerta para a morte de 3,4 mil crianças palestinas em meio à guerra, número que ainda pode aumentar já que outras mil foram dadas como desaparecidas.
“Tive o triste privilégio de falar com as famílias em Gaza por telefone esta manhã. O que eles sofreram desde 7 de outubro é para lá de devastador. E quando uma criança de 8 anos diz que não quer morrer, é difícil não se sentir impotente”, disse Griffiths.
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