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Investigação

Irã investiga envenenamento de alunas por suposta “vingança”

Casos foram classificados como intencionais e podem chegar a até 15 cidades do País

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Pixabay (banco de imagens)
Foto: Pixabay (banco de imagens)

Autoridades iranianas confirmaram estar investigando o envenenamento de alunas na cidade de Qom, no centro do País. Segundo a Agência de Notícias da República Islâmica (Irna), centenas de casos começaram a ser reportados no ano passado, quando as meninas tiveram que ser hospitalizadas com sintomas respiratórios.

“Alcançamos alguns resultados em relação ao envenenamento de várias estudantes em Qom, e é óbvio que esses envenenamentos não têm origem viral ou microbiana e suas complicações têm sido passageiras, mas ainda não há resultados confiáveis sobre as causas externas desses envenenamentos”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Pedram Pak Aeen.

Ele explica que as autoridades acreditam que os casos foram intencionais, uma vez que foi identificado a participação de pessoas que queriam o fechamento das escolas no País, em particular aquelas destinadas ao ensino feminino. Estima-se que 10 a 15 cidades estão envolvidas com o envenenamento das estudantes.

Em entrevista ao The Guardian, o Dr. Homayoun Sameyah Najafabadi, membro da comissão de saúde do parlamento, também confirmou que os casos foram intencionais e que podem ter sido motivados para amedrontar manifestantes. Isso porque, com a morte de Mahsa Amini, as mulheres vêm protestando contra o uso obrigatório do hijab no País.

“Eles querem se vingar das estudantes que são as pioneiras dos recentes protestos”, disse o médico ao jornal britânico. “Nunca antes tratei alguém que foi envenenado com agentes organofosforados. Os únicos casos que tratei foram trabalhadores que foram expostos a esses agentes em agrotóxicos agrícolas”, acrescentou.

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