General que comandou tentativa de golpe é preso na Bolívia

Na noite desta quarta-feira (26), o general Juan José Zúñiga, apontado como líder da tentativa de golpe de Estado na Bolívia, foi preso horas após o término das ações das tropas na praça Murillo, em La Paz.

Zúñiga, que ocupava o cargo de Comandante-geral do Exército da Bolívia desde 2022, foi destituído de suas funções após declarar que prenderia o ex-presidente Evo Morales, caso fosse eleito em 2025.

Os eventos se desencadearam quando militares se dirigiram ao Palacio Quemado, sede do governo boliviano, em uma tentativa de golpe militar. Após o presidente Luis Arce substituir os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha, os militares deixaram o local. Em um pronunciamento, Arce enfatizou a importância de respeitar a democracia estabelecida nas urnas e a vontade do povo boliviano.

Militares invadem palácio presidencial em tentativa de golpe de estado na Bolívia

Nesta quarta-feira (26), o presidente da Bolívia, Luis Arce, confirmou que as Forças Armadas do país estão fazendo “mobilizações irregulares” em La Paz, capital boliviana.

O presidente boliviano, eleito em outubro de 2020, pelo Movimento ao Socialismo (MAS), afirmou que a “democracia deve ser respeitada” e que “denunciou mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano”.

Luis Arce é do mesmo partido do ex-presidente Evo Morales, que governou o país de 2006 a 2019, por três mandatos consecutivos.

Manifestação de Evo Morales

O ex-presidente do país, Evo Morales, publicou no X, antigo Twitter, que tanques e homens armados tomaram a Praça Murillo, principal espaço público de La Paz. Segundo ele, é possível que exista uma tentativa de “golpe de estado” em curso.

“Convocamos uma mobilização nacional para defender a democracia diante do golpe de Estado que o general Zuñiga está gestando”, disse Morales. “Não permitiremos que as Forças Armadas violentem a democracia e amedrontem o povo”.

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