Equador pede ajuda do FBI para investigar assassinato de candidato
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a facção criminosa Los Lobos reivindicou a autoria do assassinato de Villavicencio
• Atualizado
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, informou, na quinta-feira (10), que pediu apoio à Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) para apurar o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Segundo Lasso, o pedido foi atendido rapidamente por Washington, que enviará uma delegação ao país nas próximas horas.
Villavicencio morreu após ser atingido por três tiros na cabeça quando saía de um comício em uma escola em Quito, capital do país. Em comunicado, o Ministério Público informou que um dos suspeitos foi morto durante uma troca de tiros com agentes de segurança, enquanto outras seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no crime.
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Em vídeo divulgado nas redes sociais, a facção criminosa Los Lobos reivindicou a autoria do assassinato de Villavicencio. Na gravação, o grupo, que já se tornou a segunda maior organização criminosa equatoriana, acusou Villavicencio de não cumprir promessas enquanto usava o dinheiro da facção para ajudar na campanha presidencial.
“Queríamos deixar claro para toda a nação equatoriana que toda vez que os políticos corruptos não cumprirem a promessa que estabeleceram quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, eles serão dispensados. Isso se repetirá quando os corruptos não cumprirem a palavra”, disse um porta-voz do grupo criminoso, ameaçando Jan Topi?, outro candidato na eleição.
O anúncio do Los Lobos confirma a suspeita de Lasso de que o assassinato tenha sido cometido pelo crime organizado. Isso porque, desde que entrou no poder, em 2021, o presidente vem enfrentando a maior crise de insegurança já registrada no Equador, sobretudo devido à proliferação e ações violentas de gangues ligadas às máfias do narcotráfico internacional.
Apesar do cenário, Lasso garantiu a organização das eleições presidenciais no dia 20 de agosto, que contará com a mobilização das Forças Armadas. “Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. A democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse.
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