Elon Musk x Moraes: saiba quais contas o dono do X pode reativar descumprindo decisões
Uma das contas que podem ser reativadas é de Luciano Hang, empresário dono da Havan
• Atualizado
O dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, ameaçou neste sábado, 6, descumprir decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e reativar contas que foram suspensas na rede social. A decisão de Musk pode beneficiar uma série de influenciadores e expoentes do bolsonarismo que estão com seus perfis bloqueados.
As decisões de Alexandre de Moraes em decidir pela desativação das contas foram tomadas ao longo dos últimos quatro anos no âmbito das investigações sobre milícias digitais e no inquérito das fake news, que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. Confira a seguir as contas que hoje estão suspensas e podem ser reativadas:
- Luciano Hang, empresário dono da Havan
- Allan dos Santos, blogueiro
- Daniel Silveira, ex-deputado cassado
- Monark, youtuber
- Oswaldo Eustáquio, blogueiro
- Bernardo Kuster, jornalista
- Roberto Jefferson, ex-deputado federal
- Winston Lima, militar reformado da Marinha
- Edgar Corona, empresário dono da Smart Fit
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Após disputa entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o empresário anunciou o fechamento do escritório no Brasil. Mesmo com o fechamento, a priori, a plataforma deve seguir operando no país.
Segundo informações do SBT News, o anúncio foi feito no último sábado (17), com a justificativa por parte do bilionário de que o X estava sendo censurado. Cerca de 40 pessoas que ainda trabalhavam no escritório foram demitidas, com o argumento de evitar que fossem presas.
A rede continua funcionando no Brasil e o SBT News conversou com um especialista para entender os desdobramentos dessa decisão.
Fábio de Sá é professor de estudos brasileiros na Universidade de Oklahoma. Para ele, a decisão é política e econômica, mas também com um pretexto jurídico, já que Elon Musk reclama das decisões judiciais que tem que cumprir.
O especialista vê essa reclamação como controversa, já que o empresário cumpre ordens em outros países. Para ele, Musk está dando um sinal político no sentido de que não quer que a empresa dele esteja sujeita a qualquer tipo de controle de autoridades brasileiras.
Fábio relembra a aliança que o empresário tem com a extrema-direita no Brasil e que esse argumento de um regime de censura em relação às decisões do ministro Alexandre de Moraes são uma resposta a crimes cometidos pela plataforma no período eleitoral, que proíbe dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas e também violação da lei do Estado democrático que diz que não se pode jogar as Forças Armadas contra a população.
Quanto à parte econômica da decisão, o especialista destaca o fato de que a plataforma perdeu muitos anunciantes, não apenas no Brasil, mas também no mundo e que vinha operando no vermelho, então também parece uma razão de conveniência econômica.
“O judiciário brasileiro tem a possibilidade de determinar a remoção de postagens ou a suspensão de perfis, caso haja violação das leis. Isso é feito todos os dias a pedido das mais diversas partes. Tanto no contexto político quanto por pessoas individualmente. Há decisões todos os dias nesse sentido, então transformar algumas dessas decisões em argumento de censura é uma distorção dos fatos, é uma distorção do quadro jurídico brasileiro”, afirma Fábio de Sá.
Outras empresas de Elon Musk, como a Starlink seguem operando no país.
Com informações do SBT News.
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