Após assassinato de candidato, Equador decreta estado de exceção e mantém eleições
O presidente também decretou luto oficial de três dias pelo assassinato de Villavicencio
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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção – similar ao de emergência – por 60 dias e garantiu a realização das eleições presidenciais no dia 20 de agosto. A declaração, feita na madrugada desta quinta-feira (10), aconteceu poucas horas após o assassinato de Fernando Villavicencio, que disputaria o pleito este ano.
“Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse Lasso, reforçando que as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir a segurança e a realização do pleito.
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Durante a fala, o presidente também decretou luto oficial de três dias pelo assassinato de Villavicencio. O político foi atingido por três tiros na cabeça quando saía de um comício em uma escola em Quito, onde outras nove pessoas ficaram feridas. Até o momento, seis suspeitos de participar do crime foram detidos, enquanto um foi morto durante troca de tiros.
A suspeita, segundo Lasso, é que o crime tenha sido cometido pelo crime organizado. Isso porque, desde que entrou no poder, em 2021, o presidente vem enfrentando a maior crise de insegurança já registrada no Equador, sobretudo devido à proliferação e ações violentas de gangues ligadas às máfias do narcotráfico internacional.
Villavicencio, de 56 anos, era um ex-jornalista investigativo e um dos principais candidatos às eleições presidenciais do Equador. O pleito foi antecipado após Lasso dissolver a Assembleia Nacional, onde Villavicencio era membro. Antes disso, o político foi responsável por revelar casos de corrupção no governo. Um deles, no qual o então presidente Rafael Correa foi acusado de crimes contra a humanidade, resultou na prisão de Villavicencio.
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