Saiba o que fazer quando encontrar um pinguim perdido na praia
Durante a migração para o litoral brasileiro, algum pinguim pode se perder do bando ou se afogar, indo parar na areia das praias
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A temporada de pinguins-de-magalhães pelo litoral de Santa Catarina começou! Eles saem da Patagônia, na Argentina, e vem em direção ao litoral do Sul do país em busca de alimentos, já que no local de origem o mar fica muito gelado. O problema é que, durante o trajeto, algum pinguim pode se perder do bando ou se afogar, indo parar na areia das praias.
Segundo a presidente da associação R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, é comum que a primeira ação das pessoas seja de colocar o animal no gelo antes de chamar um resgate. Mas nesses momentos de vulnerabilidade, o bichinho precisa se aquecer.
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Confira as instruções para ajudar um pinguim perdido
- Se o animal estiver nadando, não se aproxime. O resgate nesse caso ainda não pode ser feito;
- Não force o pinguim a voltar para água. Se ele está na praia, é porque está muito cansado ou não consegue mais nadar;
- Não o coloque no gelo, porque se estiver debilitado pode estar com hipotermia;
- Não tente alimentá-lo;
- Não deixe os animais domésticos se aproximarem;
- Se for necessário transferi-lo a um ambiente seguro até o resgate, coloque-o em um local seco e aquecido, como, por exemplo, uma caixa de papelão;
- Para qualquer contato, use luvas de látex, máscara facial e lave as mãos logo depois;
- Ligue para o número de resgate da R3 Animal: 0800 6423 341. Se possível, aguarde o resgate chegar antes de sair do local.
Após o resgate, a R3 Animal faz exames, medica e reabilita os bichinhos para que possam voltar à natureza.
Veja também como os pinguins são cuidados na R3 Animal
Milhas e milhas distantes
Os pinguins-de-magalhães percorrem cerca de 4 mil quilômetros saindo do sul da Patagônia, na Argentina, e passando pelo litoral do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Alguns, que são mais ousados e aventureiros, chegam até mesmo ao Rio de Janeiro.
Entre julho e setembro eles fazem o caminho de vinda e entre agosto e outubro eles voltam para suas origens.
“Nesse trajeto eles enfrentam todas as dificuldades possíveis em relação à migração. Tem a pesca, as correntes marítimas, a falta de alimento, o cansaço pela distância. Então eles são realmente guerreiros”, conta o médico veterinário da R3 Animal, Sandro Sandri.
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