Cerca de 55 crianças fogem da Ucrânia a cada minuto, diz Unicef
Movimentação de refugiados na Europa é a maior desde a Segunda Guerra Mundial
• Atualizado
O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, informou, na noite de terça-feira (15), que 55 crianças fogem da Ucrânia a cada minuto para escapar da ofensiva russa no país. De segundo em segundo, portanto, uma criança torna-se refugiada na Europa, onde mais de 1,5 milhão de jovens tentam ser realocados em nações fronteiriças.
“Colocando esta última estatística de outra maneira, em média, todos os dias na Ucrânia desde o início da guerra, mais de 75 mil crianças se tornaram refugiadas. Esta crise está em termos de velocidade e escala sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, e não mostra sinais de desaceleração”, disse Elder.
Ele alertou que, com a evacuação repentina de milhares de famílias ucranianas, os jovens podem correr riscos significativos de separação de parentes, violência, exploração sexual e tráfico humano. As ações podem ocorrer tanto na travessia, quanto no país de destino.
“Eles precisam desesperadamente de segurança, estabilidade e serviços de proteção, especialmente aqueles que estão desacompanhados ou foram separados de suas famílias. A maneira mais segura e rápida de sair desta catástrofe – na verdade, a única maneira de sair desta catástrofe – é que essa guerra acabe e acabe agora. Até lá, os ataques em áreas civis e em infraestrutura civil devem parar”, afirmou o porta-voz.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de três milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. Em meio aos conflitos, diversas entidades continuam trabalhando para levar suprimentos e auxiliar os civis que estão no país. A Unicef, por exemplo, continua com uma equipe em território para enviar assistência para as crianças refugiadas.
“Mas devemos ser claros: apesar dos esforços incansáveis de voluntárias, governos e agências da ONU, enquanto esta guerra continuar, a situação para as crianças da Ucrânia só vai piorar”, frisou Elder.
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