Venezuela e EUA aumentam tensão com movimentação militar

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (25) um novo alistamento militar em massa, marcado para os dias 29 e 30 de agosto, mobilizando novamente a população venezuelana diante do recrudescimento das operações militares dos Estados Unidos (EUA) no Caribe.

A decisão acontece em meio à intensificação da presença militar dos Estados Unidos na região, com o envio de navios de guerra e outras unidades para o sul do Caribe, próximo ao litoral venezuelano, como parte da estratégia antinarcóticos norte-americana. A ação surge após acusações contra Nicolás Maduro, apontado como líder do chamado “Cartel de los Soles” e classificado como chefe de uma organização terrorista estrangeira. Além disso, Washington elevou para 50 milhões de dólares a recompensa por sua captura.

Maduro havia anunciado a incorporação de 4,5 milhões de milicianos em todo o território como parte de um “plano especial de segurança”. Poucos dias depois, a vice-presidente Delcy Rodríguez convocou a população a se inscrever na Milícia Bolivariana, em resposta às ameaças militares dos Estados Unidos.

Em paralelo, o governo americano declarou estar disposto a usar “todas as forças” para conter o narcotráfico. Para isso, reforçou a presença de destróieres, submarinos, aviação e outras unidades militares no Caribe, numa clara demonstração de força.

A escalada militar entre Venezuela e Estados Unidos tem aumentado as tensões na América Latina. Países vizinhos, como a Colômbia, expressaram preocupação com os riscos de conflito. O Brasil, reforçou a necessidade de buscar soluções pacíficas e diplomáticas para a crise.

A convocação para 29 e 30 de agosto é vista tanto como uma ação simbólica, para mostrar coesão nacional, quanto como um passo operacional em meio ao clima de incerteza na região.

*Com informações do SBT News

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