Trio é condenado por tentativa de homicídio cruel em Florianópolis

Três homens foram condenados por tentativa de homicídio qualificado com crueldade no bairro Vargem Grande, em Florianópolis. A vítima foi brutalmente agredida e esfaqueada dentro de casa, arrastada para fora e deixada para morrer. O caso foi levado a júri popular nesta semana.

Tentativa de homicídio com crueldade

O crime aconteceu em 19 de junho de 2023, na rua Domingues Manoel da Silveira. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os envolvidos estavam na residência da vítima quando um desentendimento levou ao ataque.

O dono da casa foi espancado e esfaqueado no tórax, cabeça e pescoço. Ao acreditarem que ele havia morrido, os criminosos arrastaram o corpo para fora.

Uma vizinha ouviu a confusão e acionou a polícia. A vítima sobreviveu após ser socorrida e passar por atendimento médico intensivo, devido à gravidade dos ferimentos.

Durante a fuga, um dos agressores roubou o carro do morador e foi localizado pela polícia, vindo a confessar o crime, embora tenha alegado legítima defesa.

Condenações

O Tribunal do Júri acolheu integralmente a tese do MPSC e condenou o trio por tentativa de homicídio qualificado por meio cruel e por dificultar a defesa da vítima.

Um dos homens foi condenado a 12 anos e cinco meses de prisão em regime fechado; outro a 10 anos e 10 meses, também em regime fechado.

O terceiro envolvido recebeu a pena mais alta: 13 anos e sete meses, já que também foi responsabilizado pelo furto do carro.

Com base na decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o Tema 1.068, os réus deverão iniciar o cumprimento imediato da pena, sem direito de recorrer em liberdade.

O caso foi conduzido pelos Promotores de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen e Lucas Carvalho Mattiola. Para Lucas, a sentença representa um avanço no enfrentamento à violência.

“A decisão do Conselho de Sentença representa o empenho da sociedade local na luta contra o crime e a importância da atuação conjunta dos órgãos que integram o sistema de segurança pública, assim reforçando o compromisso do Ministério Público na defesa da vida”, afirma Lucas Carvalho Mattiola.

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