VÍDEO: ‘Nossa maior preocupação são as enxurradas’ secretário alerta para efeitos do ciclone em SC
O fenômeno deve provocar chuva volumosa, enxurradas, vendavais e rajadas de vento que podem se aproximar dos 100 km/h entre esta terça-feira (9) e quinta-feira (11)
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Santa Catarina iniciou a semana sob condições de tempo severo e com alertas elevados emitidos pela Defesa Civil Estadual devido à atuação de um ciclone extratropical que avança pela costa. O fenômeno deve provocar chuva volumosa, enxurradas, vendavais e rajadas de vento que podem se aproximar dos 100 km/h entre esta terça-feira (9) e quinta-feira (11).
Para grande parte do estado, o nível é de alerta laranja, enquanto a Grande Florianópolis, o Litoral Norte e parte do Litoral Sul estão em alerta vermelho, o mais grave da escala.
Em entrevista ao portal SCC10, o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, detalhou a situação, explicou os riscos e falou sobre a mobilização das equipes em todas as regiões.
Chuva volumosa já afeta municípios do Litoral
Segundo Hildebrandt, os efeitos do ciclone já começaram a ser sentidos ainda durante a madrugada.
“Estamos em alerta laranja em todas as regiões do estado e em alerta vermelho na Grande Florianópolis, Litoral Norte e parte do Litoral Sul. Chuvas fortes e enxurradas já foram registradas em quase 50 municípios”, afirmou.
Joinville, São Francisco do Sul e Tijucas estão entre as cidades que relataram enxurradas e transtornos provocados pela chuva intensa. O secretário explica que o maior risco é a chuva concentrada em curto espaço de tempo, o que pode gerar problemas graves.
“A previsão aponta volumes entre 50 e 70 milímetros em apenas duas horas, e isso traz transtorno significativo para os municípios”, alertou.
Granizo e rajadas próximas a 100 km/h preocupam autoridades
Além da chuva, o ciclone pode intensificar outros fenômenos severos.
“Se vier acompanhado de granizo e vendaval, o transtorno será ainda maior, dependendo do tamanho das pedras. Nossa preocupação é muito grande com isso”, disse Hildebrandt.
O secretário ressaltou que, no fim do dia, o vento deve ganhar força conforme o sistema se organiza e se desloca para alto-mar. “As rajadas devem atingir 50, 60, 80 km/h, podendo chegar muito perto dos 100 km/h nos planaltos, no Litoral e em áreas elevadas do estado.”
A previsão indica que os impactos dos ventos fortes devem se prolongar até quinta-feira, mesmo com redução da chuva.
Terça-feira crítica: dia deve ter chuva intensa desde cedo
De acordo com Hildebrandt, esta terça-feira (9) é o dia de maior preocupação.
“O principal desafio é a chuva volumosa, seja concentrada ou persistente ao longo do dia. Isso pode causar muitos transtornos dentro das cidades. E no fim do dia, as rajadas de vento começam a intensificar por causa do ciclone já formado.”
A quarta-feira (10) deve manter o vento forte, enquanto a chuva se torna mais fraca e isolada, especialmente no Litoral e no Vale do Itajaí. Na quinta-feira (11), o vento perde intensidade, mas ainda pode provocar novos transtornos.
Mobilização estadual: Defesa Civil atua em todas as regiões
O secretário reforçou que a estrutura do Estado está mobilizada para acompanhar os desdobramentos do ciclone.
“A Defesa Civil do Estado já está preparada. Cada associação de municípios tem um coordenador regional que atua diretamente no território, junto aos prefeitos, orientando e monitorando as situações.”
Ele destacou que o governo exige resposta rápida aos danos, especialmente quando há registro de destelhamentos e famílias atingidas.
“Em casos de granizo e vendaval, temos a determinação do governador Jorginho Mello para que itens de ajuda humanitária telhas, cestas básicas, colchões, cobertores, kits de higiene e limpeza cheguem às famílias em menos de 24 horas.”
Hildebrandt também explicou que o Estado realizou três rodadas de capacitação neste ano para aprimorar a atuação das equipes municipais de Defesa Civil. “Quem sabe exatamente qual rua alaga com 60 ou 80 mm de chuva é o coordenador municipal. Nosso papel é mantê-los atualizados e prontos para orientar sua população.”
Riscos principais: enxurradas, granizo e queda de árvores
Quando questionado sobre a maior preocupação neste momento, Hildebrandt foi direto:
“As enxurradas são o risco mais imediato. Mas também estamos atentos ao granizo e aos ventos fortes, que podem causar queda de árvores, destelhamentos e postes danificados.”
O secretário reforçou que comportamentos de risco devem ser evitados. “Ninguém deve ficar debaixo de árvore ou poste. Uma tempestade severa pode causar acidentes graves.”
Secretário acompanha situação em diferentes regiões do Estado
O secretário relatou que tem percorrido diversas regiões conforme as demandas surgem. “Agora estou em Blumenau, mas à tarde estarei em Florianópolis ou onde for necessário. Nosso trabalho é estar próximo dos municípios e apoiar a tomada de decisões.”
Orientações à população:
Ao final da entrevista, Hildebrandt deixou um alerta claro à população catarinense: “A principal função do cidadão agora é acompanhar a Defesa Civil do seu município. Sigam as páginas oficiais, procurem informação segura. Em caso de risco, liguem 193 ou 199. A vida é a nossa prioridade.” Ele reforçou que comportamentos imprudentes podem custar vidas: “Não atravesse ponte submersa, não tente passar em córrego com água corrente. A hora que você acha que vai perder pode salvar sua vida.”
Recomendações gerais da Defesa Civil
- Evite áreas de risco e encostas instáveis;
- Não atravesse trechos alagados;
- Mantenha distância de árvores, postes e estruturas frágeis durante rajadas de vento;
- Fique atento às atualizações oficiais;
- Em emergência, ligue 193 (Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil).
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