Santa Catarina é o segundo estado que mais contrata jovens aprendizes no Brasil

Santa Catarina se destacou no cenário nacional como segundo estado que mais contratou jovens aprendizes em 2025. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado registrou um saldo positivo de 9.827 contratações entre janeiro e agosto deste ano, ficando atrás apenas de São Paulo no ranking nacional.

O número representa mais de 10% das cerca de 96 mil novas contratações de aprendizes registradas em todo o Brasil no período. No total, Santa Catarina contabilizou 29.451 admissões e 19.624 desligamentos, evidenciando uma alta demanda por jovens em início de carreira. A maioria dos contratados é composta por estudantes do ensino médio, muitos com até 17 anos, que buscam conciliar estudo e trabalho formal.

O desempenho catarinense demonstra uma tendência já observada no estado, o fortalecimento da inserção de adolescentes e jovens no mercado de trabalho, em vagas que oferecem formação prática e garantem direitos trabalhistas. Especialistas apontam que o modelo de aprendizagem é uma das principais portas de entrada para o primeiro emprego formal, ao permitir que o jovem atue em empresas e, ao mesmo tempo, participe de cursos de qualificação.

Santa Catarina também é reconhecida por apresentar uma das menores taxas de desemprego e informalidade do país, o que ajuda a explicar o resultado. De acordo com autoridades estaduais, a cultura do trabalho e da qualificação técnica está profundamente enraizada na sociedade catarinense. A parceria entre governo, instituições formadoras, como Senai e Senac, e o setor empresarial tem sido fundamental para ampliar as oportunidades.

Apesar dos avanços, o desafio agora é garantir a qualidade da aprendizagem. Além de abrir vagas, é necessário assegurar que os jovens recebam acompanhamento, formação adequada e perspectivas de crescimento profissional. Outro ponto de atenção é o equilíbrio entre estudo e trabalho, já que muitos aprendizes ainda estão cursando o ensino médio e precisam conciliar as duas rotinas sem prejuízos educacionais.

Para os jovens catarinenses, o cenário representa mais do que uma chance de emprego. É uma oportunidade de aprendizado real no ambiente de trabalho, com direitos assegurados, formação profissional inicial e a possibilidade de construir uma trajetória sólida desde cedo.

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