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Fenômeno

Pico da chuva de meteoros Geminidas será na madrugada deste sábado

Fenômeno atinge seu auge na madrugada deste sábado para domingo, com boas chances de observação no Brasil

• Atualizado

Redação

Por Redação

Pico da chuva de meteoros Geminidas será na madrugada deste sábado – Imagem: reprodução/ SBT
Pico da chuva de meteoros Geminidas será na madrugada deste sábado – Imagem: reprodução/ SBT

A chuva de meteoros Geminidas, considerada a mais intensa do ano, terá seu pico na madrugada deste sábado (13) para domingo (14), com o momento de maior atividade previsto para 5h da manhã, no horário de Brasília. Embora a melhor visibilidade seja na América do Norte e no Caribe, o Brasil também terá boas condições para acompanhar o fenômeno. A temporada de observação segue até terça-feira (16).

O fenômeno, que começou na quinta-feira (11), já teve seu primeiro registro brasileiro em Nova Santa Rita (RS), feito por Eduardo Santiago, do Projeto Exoss, ligado ao Observatório Nacional (ON/MCTI) e coordenado pelo Dr. Marcelo de Cicco.

Chuva de asteroides Geminidas em Nova Santa Rita (RS). Imagem é de Eduardo Santiago, do Projeto Exoss.

Melhor horário para observar

Segundo o professor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Gabriel Hickel, o melhor horário para observar as Geminidas vai das 22h até o amanhecer, sempre evitando o brilho da Lua. “O brilho atrapalha a visualização dos meteoros menos luminosos, que são justamente a maioria”, explica. Todos os horários citados são no fuso de Brasília.

Apesar de cerca de 30% dos meteoros das Geminidas serem brilhantes, a Lua, que estará entre minguante e nova, pode prejudicar a observação, principalmente na segunda metade da noite. Por isso, a recomendação é observar entre 22h30 e meia-noite nas noites de 12 e 13 de dezembro, quando a Lua estará ainda baixa no horizonte. Já nas noites de 14 e 15, o intervalo ideal é das 22h20 às 2h, antes que o brilho lunar comece a interferir mais fortemente.

Dicas para observação

Para acompanhar a chuva, nenhum equipamento é necessário. No entanto, é fundamental que o céu esteja sem nuvens, o que, segundo o professor, costuma ser um desafio nesta época do ano no Brasil.

As recomendações são:

  • Buscar um local bem escuro, distante da poluição luminosa;
  • Ter horizonte livre, sem prédios, árvores ou morros;
  • Deitar em uma cadeira de praia para ver o máximo possível do céu;
  • Evitar olhar diretamente para a Lua;
  • Fixar o olhar na região das Três Marias, deixando a visão periférica captar os meteoros.

Como se forma a chuva das Geminidas

A maioria das chuvas de meteoros vem de fragmentos deixados por cometas. Mas as Geminidas são uma exceção: elas vêm de partículas liberadas pelo asteroide 3200 Faetonte, que deixa uma trilha de material ao longo de sua órbita.

Estudos da última década indicam que o 3200 Faetonte é provavelmente o núcleo rochoso de um antigo cometa que perdeu quase todo seu gelo. Ejeções de poeira foram registradas por sondas da missão STEREO enquanto o asteroide estava no periélio.

Faetonte faz parte do grupo de asteroides Apolo, que cruzam a órbita da Terra. Embora não haja risco de impacto no próximo milênio, esse grupo inclui objetos como o meteoro de Chelyabinsk, que causou danos na Rússia em 2013. Isso torna as Geminidas uma das chuvas com maior presença de meteoros extremamente brilhantes.

Todos os anos, em meados de dezembro, a Terra cruza a trilha de fragmentos de Faetonte. As partículas entram na atmosfera a cerca de 35 km/s, produzindo as trilhas luminosas que vemos no céu. O radiante da chuva fica na constelação de Gêmeos, perto da estrela Pollux. Neste ano, o planeta Júpiter estará visível próximo dessa região, facilitando a orientação de quem vai observar.

Os meteoros das Geminidas são relativamente lentos, duram pouco mais de um segundo, e costumam ter brilho fraco a moderado. Os mais intensos deixam “esteiras” que permanecem por alguns segundos, especialmente no Hemisfério Sul, onde muitos meteoros entram rasantes na atmosfera. Alguns podem até se dividir em partes, criando efeitos raros. As cores mais comuns são amarelo, verde e laranja.

*Com informações de Observatório Nacional

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